Médica endocrinologista alerta sobre o perigo no consumo de anabolizantes

A médica endocrinologista Alessandra Nodari Giollo, ex-aluna da Escola de Educação Básica da URI, afirmou, durante encontro com os alunos do Ensino Médio da Escola de Educação Básica da URI, na manhã desta quarta-feira, 31, que o consumo de Esteróides Anabolizantes e similares é avassalador para a saúde humana. A iniciativa foi desenvolvida pela Escola para alertar os alunos sobre essa problemática que tem atingido milhares de jovens.

Segundo dados, 67% dos alunos de Ensino Médio faz uso de algum tipo de substância. Conforme a palestrante, “embora os padrões de beleza estejam em constantes mudanças, tudo isso é usado para enquadrar-se aos padrões de beleza impostos pela sociedade moderna, através do apelo social, cultural e da mídia por um corpo perfeito. O que é imposto na atualidade (ser bombado) traz consigo transformações como a dismorfia muscular e a vigorexia,que condizem ao desgosto e carência de músculos diante do que já se é portador, fazendo com que se desenvolva cada vez mais e mais, deixando o homem ou a mulher excessivamente musculosos, ocasionando irreversíveis problemas de saúde”.

Atualmente, informou a médica, muitos meninos preferem ter a baixa estatura, aumento da mama, acne assídua para enquadrarem-se aos padrões. Já as meninas aceitam engrossar a voz, não exibir seios e glúteos, tendo de aplicar próteses para enquadrar-se aos padrões, dentre outros.

Chamou atenção, ainda, que para enquadrar-se a todas essas exigências, o jovem não tem somente perdas físicas, mas também, psicológicas, como a irritabilidade, ansiedade, agitação e dependência. Enfim, nos tempos modernos é assíduo o “doping”, uso de anabolizantes nos esportes para responder às exigências da estética moderna.

Ao final da palestra, Alessandra informou sobre a campanha “BOMBATÔFORA” que está em andamento no país para chamar atenção dos jovens sobre os perigos do uso de anabolizantes. “É o exemplo de um projeto que trata de várias questões referentes a este mundo. Essa é uma preocupação que acompanha escola e família”, concluiu.