Saúde

Médicos credenciados ao IPE-Saúde mantêm greve e decidem pelo licenciamento temporário no Rio Grande do Sul

A deliberação aconteceu durante assembleia, com 85% dos votos favoráveis à manutenção da greve

Por Redação O Sul Publicado em 03/05/2023 09:52 - Atualizado em 03/06/2024 11:49

Os médicos credenciados ao IPE Saúde (Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul) decidiram manter as atividades paralisadas até o dia 23 deste mês – quando voltarão a se reunir em assembleia – e também pelo licenciamento temporário por 30, 60 ou 90 dias.

A deliberação aconteceu durante assembleia geral extraordinária realizada na noite de terça-feira (2), no auditório do Simers (Sindicato Médico do Rio Grande do Sul), em Porto Alegre, com 85% dos votos favoráveis à manutenção da greve.

“Acreditamos na autonomia do profissional e estamos disponíveis para auxiliar tanto no licenciamento temporário quanto, até mesmo, no descredenciamento. Queremos que haja o bom-senso do governo e que ele seja célere nas propostas, pois esse é um movimento sério dos médicos na busca do reconhecimento à altura do trabalho realizado”, afirmou o presidente do Simers, Marcos Rovinski.

Na abertura da assembleia da categoria, ele fez um relato sobre as ações do Simers junto ao governo gaúcho para buscar o aumento dos valores pagos pelos procedimentos médicos e hospitalares, que estão sem reajuste há 12 anos.

“A nossa mobilização foi essencial para que os gestores do Estado encaminhassem a proposta de reestruturação do IPE Saúde. Sou médico credenciado há mais de 40 anos e nunca vi nada igual para garantir a valorização dos profissionais”, declarou Rovinski.

Os médicos credenciados ao IPE Saúde iniciaram a greve no dia 10 de abril em todo o Estado. Durante a paralisação, são realizados somente procedimentos de urgência e emergência. A categoria reivindica a atualização da tabela de honorários médicos praticada pelo instituto.

Atualmente, o IPE Saúde conta com cerca de 6,5 mil médicos credenciados no RS. O convênio é responsável pela assistência médica e hospitalar a quase 1 milhão de servidores públicos, seus dependentes e pensionistas. Segundo o governo do Estado, em 2022 o déficit mensal do instituto ficou em R$ 36 milhões.

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