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Agro

Medidas para evitar mortandade de abelhas são apresentadas em minicurso

Minicurso aconteceu dentro da programação do 16º Fórum de Meio Ambiente da Juventude do Alto Uruguai Gaúcho, nesta quarta-feira (09).

Terezinha Vilk/Emater/RS
por  Terezinha Vilk/Emater/RS
10/06/2021 14:32 – atualizado há 2 anos
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Desenvolver alternativas de manejo e práticas agrícolas para mitigar o risco de exposição de polinizadores e neonicotinoides, tais como áreas de escape e bordaduras, estão entre as recomendações do engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar doutor em Agroecossitemas, Vilmar Fruscalso, repassadas no minicurso, dentro da programação do 16º Fórum de Meio Ambiente da Juventude do Alto Uruguai Gaúcho, nesta quarta-feira (09/06), realizado de forma online.

Fruscalso destacou diversos fatores que geram baixos índices produtivos e desaparecimento de abelhas no Brasil, dentre eles fatores ambientais e manejo incorreto. A mortandade de abelhas pode trazer altos índices de perdas. “Temos que aliar pesquisa e assistência técnica para buscar soluções”, comentou, ao destacar a importância da atividade apícola para a agricultura familiar. Segundo ele, o fenômeno de mortandade de abelhas é recorrente no mundo, devido a um conjunto de fatores. Entre as possibilidades estão o frio excessivo, mudanças climáticas, manejo incorreto das colmeias, influência da frequência emitida pelas torres de telefonia celular, defensivos agrícolas que podem levar até o desaparecimento completo dos enxames.

Nos cuidados do manejo, recomendou a troca periódica da rainha, troca dos favos e controle de pragas, além de monitoramento constante do apiário, para evitar perdas. “É um conjunto de medidas que devem ser observadas pelos apicultores. É importante integrar o conhecimento agronômico, pesquisa para orientar as decisões e diminuir a mortandade de abelhas por intoxicação por agroquímicos e agrotóxicos”, ponderou.

O extensionista citou um levantamento feito na região do Alto Uruguai pelo Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Erechim em 2019 com registro de 844 apicultores, com 11.110 caixas e produtividade média de 18 quilos de mel/caixa/ano, com preço, médio de R$ 16,00 o quilo. Neste levantando, em 16 dos 32 municípios houve pelo menos um caso de perdas de abelhas naquele ano. Das 11 mil caixas, 640 apresentaram mortandade. A grande maioria dos apicultores que tiveram perdas atribuíram a causa da mortandade das abelhas ao uso de defensivos agrícolas em lavouras. “Este é um problema complexo porque envolve várias cadeias produtivas e produtos usados no controle de insetos”, disse, ao contextualizar a complexidade da situação. “É importante integrar o conhecimento agronômico, pesquisa para orientar as decisões e diminuir a mortandade de abelhas por intoxicação por agroquímicos e agrotóxicos”, destacou.

A programação contou também com a participação do extensionista do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de Erechim, Walmor Gasparin.

O evento iniciou na segunda-feira (07/06) e encerrou na quarta-feira (09/06) e foi organizado com lideranças de jovens dos municípios da região e por jovens universitários, com o objetivo de fortalecer a participação da juventude na arquitetura e implementação da Agenda 2030 em nível local, promovendo o engajamento ativo dos jovens para o alcance de sociedades sustentáveis, inclusivas e responsáveis.

O evento foi coordenado pelo Laboratório de Educação Ambiental da Universidade Regional Integrada – URI Erechim, vinculado ao Departamento de Ciências Biológicas, em parceria com a 15ª Coordenadoria Regional de Educação, contou com o apoio de mais de dez entidades, entra elas a Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), que possuem atuação na área socioambiental, em nível gaúcho e nacional.

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