Saúde
Ministério da Saúde recua e mantém intervalo de 12 semanas para vacina AstraZeneca
Ao menos seis Estados estão com falta de imunizante para segunda dose.
O Ministério da Saúde anunciou na noite desta quarta-feira (15) que vai manter a recomendação de intervalo de 12 semanas para aplicação da segunda dose da vacina AstraZeneca.
Mais cedo, em evento em São Paulo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que há “excesso de vacinas” no País. Na segunda, Queiroga defendeu que a campanha de vacinação no Brasil é um “sucesso” e que a reclamação por falta de doses é “narrativa”. Ao menos seis Estados estão com falta de imunizante para segunda dose.
Previsão não confirmada
Em 25 de agosto, o governo federal anunciou que o intervalo entre as doses da Pfizer e da AstraZeneca será reduzido a partir de setembro: passaria de 12 semanas para 8 semanas. À época, o ministério não detalhou como seria feita essa antecipação e disse que uma nova orientação sobre as recomendações seria enviada aos gestores.
Na mesma ocasião, a pasta indicou que a dose de reforço começaria a ser aplicada em setembro para idosos com mais de 70 anos e imunossuprimidos.
Desabastecimento da AstraZeneca
Desde o começo de setembro, Estados relatam desabastecimento do imunizante da AstraZeneca, preparada no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
O motivo da falta de doses disponíveis está associado ao atraso na entrega do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), componente utilizado para produzir a vacina. O composto é importado da China.
Devido a esse atraso, a fundação anunciou em 3 de setembro que ficaria duas semanas sem entregar novas remessas ao Ministério da Saúde.