Rio Grande do Sul

Moradores protestam novamente em Porto Alegre pelo retorno da energia elétrica

No Rubem Berta, eles afirmam que há pessoas doentes que não conseguem manter medicamentos refrigerados

Por Correio do Povo Publicado em 19/01/2024 15:44 - Atualizado em 03/06/2024 13:56

Moradores das comunidades Timbaúva I, II e III, além do Recanto do Sabiá, no bairro Rubem Berta, na zona norte de Porto Alegre, realizaram um protesto nesta sexta-feira na rua Adelino Ferreira Jardim, uma das principais da região, pedindo o retorno imediato da energia elétrica por parte da CEEE Grupo Equatorial. Acompanhados pela Brigada Militar (BM), eles alegam descaso da distribuidora de energia e comentam que quem mais sofre são crianças, idosos e ainda pessoas doentes que, em razão da queda de luz, não conseguem manter medicamentos refrigerados. Os protestos também ocorreram na avenida Princesa Isabel, bairro Santana, e rua Botafogo, no Menino Deus.

“A CEEE não dá nenhum retorno para nós. Entramos em contato via redes sociais e nada. Inclusive o posto de saúde Timbaúva está fechado, com as vacinas todas estragando, e isto é revoltante. Precisamos que nossos governantes deem uma posição, porque isto é desumano”, desabafou a vice-presidente da Associação Amigos e Moradores do Timbaúva, a autônoma Maria Madeira. Na maior parte do tempo, eles se dirigiam para a via quando não havia trânsito e saíam dela no momento da aproximação de veículos, como ônibus.

Conforme os moradores, estima-se que cerca de mil famílias estavam diretamente afetadas, o que ampliou a indignação. O problema era restrito à energia elétrica, já que havia água. “A gente sabe que o prefeito está tentando fazer a parte dele, cobrando a Equatorial, como estamos vendo nos noticiários. Só que nem ele está conseguindo. A gente tem que fazer nosso papel e não podemos mais deixar do jeito que está, porque, na hora de vir a conta, ela vem, e não podemos deixar de pagar, se não cortam”, disse o presidente da Associação Comunitária Amigos do Recanto do Sabiá, Paulo Sérgio de Moraes Monteiro.

Entre os relatos dos moradores, estão o de que pessoas idosas não conseguem tomar insulina para diabetes, nebulização e outros remédios controlados. Eles são os mesmos que haviam feito um protesto anterior na avenida Baltazar de Oliveira Garcia, uma das principais da zona Norte, cobrando soluções da companhia. O carregamento dos telefones celulares e outros aparelhos era feito em um colégio da rede Marista na região, que ainda tinha energia elétrica.

Procurada para comentar sobre a situação da unidade Timbaúva, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) negou que o local está com problemas nas vacinas, e informou que há um fluxo “bem definido” para que nada seja descartado. Devido à falta de luz, o posto de saúde local está também sem Internet, o que impossibilita o acesso aos prontuários digitais dos pacientes. Por isso, a unidade está aberta, porém atendendo com restrições.

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