Segurança

Mulher que matou marido e escondeu o corpo em freezer vai a júri popular em SC

Segundo a denúncia do MP-SC (Ministério Público de Santa Catarina), a ré teria planejado o assassinato do marido, que era empresário na região, por motivos financeiros.

Por NDMais Publicado em 18/10/2023 18:32 - Atualizado em 31/07/2024 09:20

A mulher acusada de matar o marido e ocultar o corpo em um freezer no município de Lacerdópolis/SC, no ano passado, irá a júri popular. Nesta quarta-feira (18), a Justiça decidiu que ela será julgada pelo Tribunal do Júri pelos crimes de homicídio duplamente qualificado — pela asfixia e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima —, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.

Segundo a denúncia do MP-SC (Ministério Público de Santa Catarina), a ré teria planejado o assassinato do marido, que era empresário na região, por motivos financeiros. Ela teria colocado sonífero na bebida dele, amarrado seus membros com cordas e fitas adesivas e o sufocado com uma sacola plástica. Depois, teria colocado o corpo em um freezer, que ficava na garagem da casa, e trancado com cadeado.

Corpo de Valdemir foi encontrado em freezer da própria casa. – Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação/ND

No dia seguinte ao crime, que ocorreu em novembro de 2022, a mulher registrou um boletim de ocorrência na delegacia, alegando que o marido havia saído de casa e não voltado mais. Ela também teria usado o celular dele para enviar mensagens aos familiares e amigos, fingindo que ele estava vivo e viajando a trabalho.

A farsa só foi descoberta no dia 6 de dezembro, quando a polícia recebeu uma denúncia anônima sobre o paradeiro do corpo. Os policiais foram até a residência do casal e encontraram o freezer lacrado. Ao abrirem, se depararam com o cadáver em estado avançado de decomposição.

Claudia confessou que matou o marido em Lacerdópolis – Foto: Reprodução/ND

A mulher foi presa em flagrante e confessou o crime. Ela disse que sofria violência doméstica e que agiu em legítima defesa. Porém, essa versão não convenceu a Justiça, que considerou as provas robustas contra ela. O juiz responsável pela sentença de pronúncia afirmou haver indícios de que ela agiu com premeditação e crueldade, além de tentar enganar as autoridades e a sociedade.

O processo tramita em segredo de justiça para preservar a identidade da vítima e dos familiares. A data do julgamento pelo Tribunal do Júri ainda não foi definida. A ré poderá recorrer da decisão, mas permanecerá presa até o desfecho do caso.

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