Segurança

Na mensagem de Páscoa, papa pede que vacinas contra o coronavírus sejam distribuídas a países pobres

Pontífice rezou pelos profissionais de saúde, doentes, desempregados e pessoas que perderam entes queridos

Por O Sul Publicado em 04/04/2021 10:05 - Atualizado em 03/06/2024 09:51

Em um pronunciamento antes da bênção de Páscoa deste domingo (04), o papa Francisco pediu que as vacinas contra a Covid-19 sejam compartilhadas com os países pobres.

“No espírito de um ‘internacionalismo das vacinas’, convoco toda a comunidade internacional ao compromisso de superar as desigualdades na distribuição [das doses] e a de promover a partilha [delas], especialmente às nações mais pobres”, afirmou o pontífice, na basílica de São Pedro, no Vaticano.

Ele pediu que Deus conforte os doentes, os que perderam pessoas amadas e os desempregados. Também clamou às autoridades que proporcionem às famílias necessitadas um “sustento decente”. Em seguida, o papa orou pelos médicos e falou sobre as crianças e jovens que não podem ir à escola, por causa da pandemia. Todos devem combater a Covid-19, disse.

Guerra e violência

O papa Francisco também criticou a continuidade das guerras e das disputas armamentistas mesmo durante a pandemia. “A crise social e econômica é muito grave, especialmente para os mais pobres, e, apesar de tudo [e isso é escandaloso], os conflitos armados não cessam, e os arsenais militares são reforçados”, declarou.

“Há ainda muitas guerras e muita violência no mundo! Que Deus, que é a nossa paz, ajude-nos a superar a mentalidade da guerra.” Francisco mencionou algumas áreas que vivem conflitos armados, como Mianmar, onde 500 manifestantes foram mortos desde o início de fevereiro. Discursou também sobre os conflitos no Iêmen e no continente africano.

Sobre a guerra entre israelenses e palestinos, o papa desejou que o poder do diálogo seja redescoberto para encontrar uma solução que traga paz e prosperidade a ambos os lados.

Sem a presença de fiéis

Pelo segundo ano seguido, o papa Francisco faz seu pronunciamento de Páscoa sem a presença de fiéis. Por causa da pandemia, apenas poucos policiais assistiram presencialmente ao ritual. O Vaticano está no terceiro dia seguido de lockdown.

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