Nova CIN se mostra documento muito mais seguro contra fraudes do que o antigo RG

A Carteira de Identidade Nacional (CIN), que substitui o RG clássico e utiliza o CPF como número único de identificação, apresentou desempenho superior em testes de segurança, segundo levantamento da Serasa Experian. Foram analisadas mais de 30 milhões de transações financeiras entre janeiro e agosto de 2025, das quais 86,9% validadas com a CIN não mostraram risco de fraude—índice bem acima do registrado com documentos como o RG, a CNH e o DNI.

De acordo com o estudo, a CIN é até dez vezes menos suscetível a golpes que o RG, além de ser cinco vezes mais segura que a CNH e quatro vezes mais segura que o DNI. Sua maior proteção está em recursos de segurança como QR Code, zona de leitura automática (MRZ), integração nacional de bases de dados, e exigência de atualização do documento conforme faixas etárias.

Alguns riscos ainda foram identificados, sobretudo relacionados a divergências de verificação facial (41,1%) e inconsistências nos cadastros pessoais (36,3%), além de fraudes por meio de capturas de tela ou biometria incompatível.

O autor do levantamento aponta que essas brechas reforçam a necessidade de fiscalização, uso de tecnologia robusta e conscientização do cidadão.

A transição para o uso da CIN será gradual: embora ambos os documentos — RG antigo e CIN — convivam até 2032, o novo modelo já foi emitido por mais de 30 milhões de brasileiros. A troca pela CIN de primeira via ou renovação é gratuita, e o documento pode ser obtido nas versões física e digital, com a mesma validade jurídica.