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Segurança

Nove agentes penitenciários são indiciados acusados de facilitarem fuga no Presídio Regional de Passo Fundo

Plano de fuga de presos após carro derrubar portão principal do presídio foi arquitetado com ajuda de agentes prisionais, diz polícia.

Mateus Miotto/Rádio Uirapuru
por  Mateus Miotto/Rádio Uirapuru
31/08/2021 07:01 – atualizado há 3 anos
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A Polícia Civil indiciou nove agentes penitenciários, do Presídio Regional de Passo Fundo, acusados de facilitarem a fuga em massa de 17 detentos, em Janeiro de 2019. A fuga ocorreu após uma caminhonete derrubar o portão principal da casa prisional e os apenados fugiram correndo para a rua em seguida.

O processo cita ao todo 55 apenados na participação do esquema, além dos nove agentes penitenciários. Ainda conforme a Polícia Civil, cinco dos nove agentes indiciados ainda atuam na casa prisional. A fuga de 2019 foi a maior da história do Presídio Regional de Passo Fundo, segundo publicação da Rádio Uirapuru.

A Polícia Civil pediu autorização judicial para cumprir mandados de busca e 21 mandados de prisão. O Ministério Público deu parecer favorável, mas o Poder Judiciário negou a solicitação. Por meio da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do RS, a juíza Mônica Marques Giordani afirmou que a decisão foi fundamentada e que não pode se manifestar devido ao sigilo do processo. Já a Secretaria de Justiça do Sistema Penal do RS pediu acesso ás investigações para analisar participação dos agentes.

A investigação da Polícia Civil, que durou cerca de dois anos, apontou a facilitação na fuga e revelou um esquema ilícito dentro do presídio, que ia muito além da noite em que 17 apenados escaparam. Conforme a polícia, havia cobrança na cantina do presídio, que era a porta de entrada para drogas e armas, para privilégios. Um litro de refrigerante chegava a custar R$40 no local, movimentando milhares de Reais no esquema.

Também havia cobrança de valores para um detento sair de um setor e ir para outro mais confortável. Era cobrado de R$ 2mil a R$ 5 mil para o apenado sair da triagem e entrar no alojamento. Outro ponto destacado na investigação é a venda da senha de internet do presídio.

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