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Clima

O calor excessivo dos últimos dias é uma prévia do que será o verão?

Uma massa de ar excepcionalmente quente cobre neste momento o Centro da América do Sul com temperatura muito acima do normal numa extensa área e afetando vários países

Metsul
por  Metsul
17/12/2023 18:40 – atualizado há 18 segundos
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A primeira grande onda de calor do verão climático (trimestre dezembro a fevereiro) se registra neste momento com temperaturas altíssimas no Oeste, Norte e no Nordeste da Argentina, no Paraguai, na Bolívia, e nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, onde as máximas superam os 40ºC. 

Ontem, a temperatura na Argentina chegou a 45,3ºC em San Juan. A máxima de 44,9ºC fez com que a cidade argentina de Mendoza registrasse o dia mais quente de sua história, superando o recorde histórico anterior de 44,4ºC, observado em 30 janeiro de 2003.

No Sul do Brasil, a temperatura na cidade de Porto Xavier, no Noroeste gaúcho, atingiu no sábado 40,6ºC. No Centro-Oeste, a estação automática de Cuiabá registrou máxima de 42,2ºC, que é absolutamente incomum para esta época do ano, onde a chuva costuma inibir extremos de temperatura alta.

Uma massa de ar excepcionalmente quente cobre neste momento o Centro da América do Sul com temperatura muito acima do normal numa extensa área e afetando vários países. O calor é mais extremo neste domingo no Paraguai, Norte da Argentina, no Rio Grande do Sul e no Centro-Oeste do Brasil, em Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, além de pontos do Sudeste como interior de São Paulo, áreas de Minas Gerais e áreas do Rio de Janeiro.

O calor muito intenso deste fim de ano se insere em um contexto mundial e nacional de meses seguidos de temperatura acima do normal e recordes. Os meses de setembro, outubro e novembro no mundo foram os mais quentes já registrados no planeta e por uma larga margem.

Levantamento do Instituto Nacional de Meteorologia mostra que o Brasil tem recordes mensais de temperatura média nacional por cinco meses seguidos. Julho, agosto, setembro, outubro e novembro tiveram as temperaturas médias mais altas no país já observadas.

BRASIL SEGUIRÁ MAIS QUENTE QUE O NORMAL NO VERÃO 2024 

A previsão climática da MetSul Meteorologia indica um verão de temperatura acima a muito acima da média na maior parte do Brasil em 2024. Assim, o calorão de agora tende a se repetir outra vezes ao longo do estado e em alguns estados com ainda maior força do que agora.

Os estados do Sul e o Rio de Janeiro estão entre as áreas do Brasil que devem ter um verão muito mais quente do que a primavera e com extremos mais altos, até porque o excesso de chuva durante os últimos meses reduziu o número de dias quentes e com calor muito intenso no Sul do país.

Nenhuma região do Brasil, contudo, tem risco tão alto de dias de calor muito intenso a extremo como o Sul do país durante o verão. Isso porque, diferentemente de grande parte do país, os estados mais ao Sul, em particular o Rio Grande do Sul, não possuem os seus extremos anuais de calor modulados por chuva.

O verão de 2024 se desenha quente com temperatura acima da média no Sul do país. Diferentemente do período de 2020 a 2023, sob La Niña, que favoreceu estiagens em todos os verões, o verão próximo deve ter mais chuva e umidade, o que vai significar um maior número de dias abafados com noites mais quentes e maior frequência de tempestades de verão.

As piores ondas de calor da história do Rio Grande do Sul, de 1917, 1943 e 2022, se deram todas sob La Niña. Isso porque o fenômeno reduz muito a chuva e a seca favorece a ocorrência de períodos quentes muito prolongados, com tempo seco e calor se retroalimentando em bolhas de calor. Foi o que ocorreu em janeiro de 2022 com 15 dias seguidos acima de 40ºC no estado gaúcho. Mas onda de calor também ocorrem no Sul durante o El Niño, como está se vendo agora e se viu no verão de 2010, no El Niño de 2009-2010, quando o Rio Grande do Sul enfrentou uma forte onda de calor. Além das máximas extremas, o que foi destacado no episódio de calor de 2010 foram as mínimas muito altas com maior umidade.

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