RIO GRANDE DO SUL
Obras de duplicação da RSC-287 começaram em Santa Cruz do Sul
Qualificação da rodovia pela concessionária Rota de Santa Maria vai receber mais de R$ 3,6 bilhões em investimentos
As obras de duplicação da RSC-287, um dos principais eixos de ligação da grande Porto Alegre ao Centro do Estado, começaram nesta quarta-feira (6/11), em Santa Cruz do Sul. O governador Eduardo Leite esteve nos quilômetros 99 e 103 da rodovia para vistoriar o início dos trabalhos.
A RSC-287, trecho de 204,5 quilômetros de extensão, entre Tabaí e Santa Maria, é uma rodovia estadual administrada pela concessionária Rota de Santa Maria (Grupo Sacyr). A concessão de 30 anos, iniciada em agosto de 2021, prevê a duplicação de todo o trecho, nos dois sentidos de tráfego, com investimentos que devem superar os R$ 3,6 bilhões, beneficiando mais de dez municípios.
A duplicação da rodovia se inicia em dois pontos: no km 28 (até o km 30), em Tabaí, e no km 101 (até o km 105), em Santa Cruz do Sul. Os dois trechos devem ser concluídos em agosto de 2025, conforme a concessionária. O cronograma de obras atende a requisitos técnicos previstos no contrato da concessão e estabelece que 63%, ou 128 quilômetros, devem estar duplicados até o nono ano de concessão, contemplando todo o trecho de Tabaí a Candelária, o mais movimentado da RSC-287.
A partir do quarto ano da concessão, está liberada a duplicação de trechos em Candelária e Novo Cabrais (km 137,58 ao km 141,49), Paraíso do Sul (km 156,46 ao km 157,48) e Santa Maria (km 231 ao km 232,54). Os próximos pontos, no sexto ano, serão entre Tabaí e Santa Cruz do Sul. No oitavo ano, entre Santa Cruz do Sul e Candelária, e, no nono ano, entre Candelária e Novo Cabrais. O último trecho, entre Novo Cabrais e Santa Maria, terá a duplicação obrigatória quando o tráfego da rodovia atingir o volume médio diário equivalente de 18 mil eixos nas duas praças de pedágio.
Enchente
A RSC-287 foi uma das rodovias mais afetadas pela enchente de maio deste ano, tendo sido impactada pela queda de três pontes e por outros danos estruturais severos. Mesmo diante desse cenário adverso, em pouco mais de um mês, a estrada foi totalmente liberada para o tráfego, contribuindo para o transporte de bens, produtos e veículos de emergência, bem como para o deslocamento dos usuários.
Mesmo com a liberação de todo o tráfego, a RSC-287 ainda sente os reflexos da enchente histórica. Uma ponte provisória foi instalada, em 30 de maio, sobre o Arroio Grande, no km 226, em Santa Maria. A infraestrutura original caiu devido à força das águas no final de abril e a imagem da queda repercutiu em todo o país.
Entregas e obras previstas na concessão
Duplicação de toda a extensão da rodovia (204 km)
Restauração de toda a extensão da rodovia existente (204 km)
Manutenção da rodovia após restaurações até o final da concessão
Implantação de 12 km de vias marginais
Implantação de 20 passarelas
Implantação de 28 rotatórias/rótulas
Implantação de 10 retornos em nível
Adequação de 9 interseções existentes
Implantação de 4 interseções em dois níveis (passagem inferior/trombeta)
Implantação de 7 km de terceiras faixas