SAÚDE

OMS emite alerta global após avanço da gripe K na Europa e na Ásia

Nova variante do vírus Influenza H3N2 antecipa pico de infecções e acende atenção para vacinação e vigilância nas Américas.

Por Redação AU Publicado em 14/12/2025 17:45 - Atualizado em 15/12/2025 15:29

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta global diante do crescimento acelerado dos casos da chamada gripe K, uma variação do vírus Influenza A(H3N2), que vem se espalhando com intensidade acima do esperado em países da Europa e da Ásia. Embora a atividade geral da gripe ainda esteja dentro dos padrões sazonais, a entidade aponta que algumas regiões registram aumentos precoces e mais intensos do que o habitual para este período do ano.

No Sudeste Asiático, o cenário preocupa: cerca de 43% das pessoas diagnosticadas com gripe já apresentam infecção pelo subclado K. Na Europa, a nova variante antecipou em mais de um mês o pico tradicional das doenças respiratórias, que normalmente ocorre no início do inverno. Entre maio e novembro deste ano, a gripe K respondeu por quase metade dos casos sequenciados no continente.

Segundo a OMS, os sintomas da gripe K são semelhantes aos de outros subtipos da Influenza, incluindo febre, tosse, dor no corpo e mal-estar, mas o alto número de casos eleva o risco de pressão sobre os sistemas de saúde. “Epidemias e surtos de gripe sazonal podem exercer impacto significativo nos serviços de saúde”, alerta a organização, reforçando a importância da prevenção.

A entidade destaca que a vacinação segue sendo uma das ferramentas mais eficazes de saúde pública, especialmente para grupos de risco como idosos, crianças pequenas, gestantes e pessoas com doenças crônicas. Mesmo com pequenas diferenças genéticas entre os vírus em circulação e as cepas incluídas nas vacinas, a OMS afirma que o imunizante sazonal ainda oferece proteção relevante, inclusive contra variantes com deriva antigênica.

Nas Américas, a circulação da gripe K permanece baixa na maior parte dos países do hemisfério sul. No entanto, Brasil e Chile já registraram aumento de casos associados ao subtipo A(H3N2), o que reforça a necessidade de vigilância contínua para evitar que a nova variante se espalhe de forma mais ampla no continente.

A OMS reforça que, embora a maioria das pessoas se recupere da gripe em cerca de uma semana sem necessidade de atendimento médico, a doença pode causar complicações graves e até levar à morte, sobretudo entre os grupos mais vulneráveis. Diante do cenário global, a recomendação é intensificar campanhas de vacinação, manter medidas de prevenção e fortalecer o monitoramento epidemiológico.

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