Política

Onyx Lorenzoni espera sinal verde do Planalto para concorrer ao Piratini em 2022

Em função de demandas da pasta, o ministro do Trabalho deve começar a pensar na sua candidatura apenas em dezembro.

Por CP Publicado em 20/08/2021 21:43 - Atualizado em 31/07/2024 09:20

Em evento com empresários, em Pelotas nesta sexta-feira, o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni (Dem), afirmou ter compromisso com o governo Jair Bolsonaro até dezembro, em função da demanda da sua pasta. Após, pretende “conversar” sobre o Rio Grande do Sul. Ele é considerado pré-candidato do Dem na disputa pelo Palácio Piratini e admitiu que sempre teve vontade de disputar o cargo, mas que não é algo que possa fazer sozinho.

“Sempre tive no meu coração o desejo e a vontade de disputar o governo do Estado, agora não é vontade de uma única pessoa, isto precisa de uma série de questões que nós vamos tratar a partir de dezembro, aí sim com condições de quem sabe poder anunciar a candidatura, mas agora estou 100% focado no governo". Ele completou: “estamos retomando a economia, então até dezembro o ministro Onyx estará focado 100% em gerar emprego, reduzir a fila do INSS, atender aquelas pessoas que precisam e ajudar o Brasil a crescer. Em dezembro conversamos sobre o meu amado Rio Grande”.

Em relação ao senador Luis Carlos Heinze (PP), que também é pré-candidato, o ministro disse que tem todo o direito de disputar. “No final do ano, se o presidente me der o sinal verde, eu também vou ter o mesmo direito que ele e os gaúchos vão escolher”, ponderou. Sobre o atual momento nacional, ele acredita que a tendência é que o relacionamento entre Executivo e Judiciário melhore, adquirindo o mesmo equilíbrio que acontece com o Legislativo e o governo. “O presidente sempre atua dentro das quatro linhas, então, eu acredito que a gente vai caminhar para o mesmo equilíbrio que temos com o Legislativo”, afirmou.

Onyx Lorenzoni esteve em Pelotas nesta sexta-feira e palestrou para empresários | Foto: Kariza Barros / CP

Onyx recebeu demandas de empresários da região

Durante o encontro, o ministro esclareceu que a visita a Pelotas foi convite da Aliança Pelotas, com a participação da Aliança Rio Grande, e o objetivo foi de ouvir as demandas dos empresários. “Eles entregaram documentos para que eu possa encaminhar dentro do governo assuntos de interesse da região”, disse. Segundo Lorenzoni, na reunião a portas fechadas com os empresários foi feita uma apresentação da situação brasileira, de problemas enfrentados pelo governo e os programas que realiza. “Discutimos também demandas regionais que estou recebendo, a conclusão que caminha célere da BR 116. Desde que o presidente assumiu ele decidiu que ia concluir”, enfatiza.

Ao comentar sobre as realizações em frente ao ministério do Trabalho, Lorenzoni enfatizou que, apesar da pandemia, o governo criou 2,6 milhões novos empregos. Ele explicou sobre os projetos aprovados na Câmara e que estão no Senado visando o estímulo à criação de um primeiro emprego para jovens e também para os maiores de 55 anos. “Criamos também um programa que tem um bônus de incentivo a qualificação, é para empregar aquelas pessoas que entre 18 e 29 anos nem estudam e nem trabalham, mas também vai aceitar as pessoas com mais de 50 anos. A pessoa trabalha um turno, há um bônus que a empresa vai receber do sistema S, ela vai fazer a sua qualificação no Senai, no Sesc, no Senar. O programa é de um ano renovável por mais um. Se a pessoa ficar dois anos no programa ela tem no mínimo quatro qualificações”, exemplificou.

Apontou ainda o próximo programa a ser lançado, que trata sobre o serviço social voluntário. O projeto, contou o ministro, vai permitir que as prefeituras de todo o país possam contratar pessoas por um turno, com elas fazendo qualificação e podendo servir ao seu município. O governo projeta a criação de algo entre 1,5 milhão a 2 milhões de novas oportunidades até maio do ano que vem. Sobre os programas criados pelo governo e barrados pelo Ministério Público do Trabalho Lorenzoni argumenta que o argumento apresentado é equivocado e não há inconstitucionalidade nas iniciativas. “Estes programas estão sendo criados para que possamos absorver as 40 milhões de pessoas que recebem o auxílio emergencial que acaba em novembro. Deixaremos as pessoas desempregadas porque o MPT acha algo”, questiona. Para o ministro, o Auxílio Brasil abre oportunidades para a pessoa prosperar, ganhar a sua liberdade. “Nós lutamos por um país que possa encontrar a liberdade, o avanço e a prosperidade das pessoas quando nós criamos um programa como o Auxilio Brasil”, destaca.

Onyx disse ainda estar tranquilo em relação à CPI Covid, que nesta semana suspendeu sua acareação com o deputado federal Luis Miranda (Dem-DF). “Ele que tem a versão dele que é mentiroso. Eu sempre tenho a verdade. Tenho sete mandatos como deputado federal pelo RS e as pessoas sabem que eu nunca fiquei em cima do muro e eu sempre falei a verdade. Acho que é uma honra absoluta qualquer ministro de Estado ir ao Parlamento, seja para uma CPI, seja para uma comissão. Tenho total tranquilidade, se a CPI quiser me convocar estou à disposição.

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