Rio Grande do Sul
Pela primeira vez, RS registra cinco regiões sem vagas em UTIs
Regiões Metropolitana, Missioneira, Norte, da Serra e dos Vales tinham mais pacientes do que leitos na tarde desta terça-feira.
O colapso no sistema de saúde provocado pela pandemia do coronavírus no Rio Grande do Sul bateu novo recorde nesta terça-feira. Pela primeira vez, cinco das sete macrorregiões, divididas pelo sistema de monitoramento das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da Secretaria Estadual da Saúde (SES), apresentavam lotação de 100% ou mais nas UTIs.
A situação mais crítica, até às 15h, era na região dos Vales, que engloba as regiões de Santa Cruz do Sul, Lajeado e Cachoeira do Sul, e apresentava taxa de ocupação de 132,8%, e tinha 49 pacientes acima da capacidade máxima.
Na sequência vinha a Serra gaúcha, com lotação de 110,8%, e a região Norte, com ocupação de 104,4%. Outra macrorregião que apresentava mais pacientes do que leitos de UTI era a Metropolitana. Na região que contempla o maior número de regiões Covid (6) no modelo do Distanciamento Controlado havia o registro de 1.744 pessoas para 1.680 vagas, fazendo com que a lotação fosse de 103,8%.
Na tarde desta terça, ocorreu o ingresso da região Missioneira no monitoramento feito pela SES, com todos 190 leitos ocupados.
Ao todo, o Estado tem taxa de ocupação das UTIs de 103,3%, onde são 3.175 pacientes para um total de 3.072 leitos. Do total de internações, 2.264 (71,3%) têm diagnóstico confirmado de coronavírus, 162 (5,1%) aguardam resultados dos exames, e 749 (23,6%) recebem tratamento intensivo por conta de outros problemas de saúde.