Esporte

Pequim 2022: Cerimônia abre as Olimpíadas de Inverno

Em mais de duas horas, a capital chinesa celebrou o início dos Jogos em uma festa limitada pelos protocolos sanitários diante da pandemia de Covid-19, mas sem esquecer de honrar o espírito olímpico.

Por O Sul Publicado em 04/02/2022 13:56 - Atualizado em 03/06/2024 11:06

A ideia era abrir as Olimpíadas de Inverno com uma cerimônia mais simples, mas de impacto. Nesta sexta-feira (4), Pequim fez uma ode à beleza em um show impressionante de efeitos de luz no Ninho do Pássaro. Em mais de duas horas, a capital chinesa celebrou o início dos Jogos em uma festa limitada pelos protocolos sanitários diante da pandemia de Covid-19, mas sem esquecer de honrar o espírito olímpico.

Havia a expectativa por possíveis protestos contra o governo chinês, apesar dos pedidos contrários do COI (Comitê Olímpico Internacional) e de outras instituições. Mas, sob os olhares do presidente Xi Jinping, atletas e membros da delegação se limitaram a celebrar o início da 24ª edição dos Jogos Olímpicos de Inverno. No discurso final, Thomas Bach, presidente do COI, pediu que as Olimpíadas fossem uma inspiração para tempos de paz.

Reprodução

A cerimônia foi toda guiada por flocos de neve, em uma referência, também, à beleza e à leveza dos Jogos. Durante toda a festa, os organizadores apostaram em menos luxo, mas em detalhes de impacto formados pelo jogo de luzes. No fim, a dupla Dinigeer Yilamujiang e Jiawen Zhao acendeu a pira olímpica.

Ao contrário de edições anteriores, a organização optou por uma pira menor, com a tocha ao centro do floco de neve. A decisão, porém, tem razão de ser. Diante da nova política de sustentabilidade, Pequim decidiu por uma chama menor, para diminuir a emissão de carbono.


Antes da abertura, uma contagem em 24 números, representando os 24 tempos solares que fazem parte da contagem na China, além de fazer alusão à 24ª edição dos Jogos de Inverno. A contagem regressiva chegou ao fim com a representação do início da primavera. Um show de luzes e coreografia inundaram o palco em tons de verde. A cerimônia não contou com cantores, dançarinos ou atores profissionais. Todos eram cidadãos comuns, estudantes e trabalhadores que se voluntariaram a participar.

A cerimônia teve a supervisão do renomado diretor de cinema chinês Zhang Yimou, famoso pelos filmes “Lanternas Vermelhas”, “Herói” e “O Clã das Adagas Voadoras”. Ele também será responsável pela festa de encerramento dos Jogos.

Sob os olhares dos presidentes da China, Xi Jinping, e do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, e ao som da música tocada no trompete por um menino, a bandeira do país foi levada ao palco por representantes das 56 etnias que formam o povo chinês. Foi dado, então, o início à apresentação artística da festa. Uma linda cascata de luz, simulando o Rio Amarelo, um dos maiores do país, invadiu o palco e fez surgir um imenso e simulado bloco de gelo. Em imagens refletidas, a lembrança das 23 edições anteriores dos Jogos.

Desfiles enxutos


O bloco, como se fosse talhado, deu lugar aos aros olímpicos. Foi a deixa para o início do desfile das delegações dos países, aberto, como sempre, pela Grécia. Em meio à realidade pandêmica, muitas delegações precisaram se adaptar. Foi um desfile mais enxuto, sem boa parte dos atletas que disputarão os Jogos. Os Estados Unidos, por exemplo, precisaram trocar sua porta-bandeira. Elana Meyers Taylor, do bobsled, havia sido a escolhida, mas testou positivo para Covid-19 e deu lugar a Brittany Bowe, da patinação de velocidade.

Ainda assim, houve espaço para improvisos e festa. A equipe de bobsled da Jamaica cruzou o palco em uma dança. Entre os atletas do Japão, houve quem tentasse uma pirueta.


O Brasil foi o 16° país a desfilar. Jaqueline Mourão e Edson Bindilatti foram os porta-bandeiras. Ao lado deles, Anders Pettersson, chefe de missão do Time Brasil em Pequim, e Andrea Leibovitch, gestora esportiva do COB.

Pira acesa em Pequim


No décimo seguimento da cerimônia, um tributo a todos os povos, com imagens de cidadãos de todos os cantos do mundo, além de referências aos desafios enfrentados durante a pandemia de Covid-19. Na sequência, nomes do esporte chinês entraram no estádio com a bandeira olímpica. Depois de apresentações musicais, o momento mais esperado: o acendimento da tocha.


Weichang Zhao, Yan Li, Yang Yang, Bingtian Su, Yang Zhou, representando as últimas décadas do esporte chinês, fizeram a reta final do revezamento da tocha. No fim, coube à dupla Dinigeer Yilamujiang e Jiawen Zhao acender a pira olímpica, com a tocha ao centro do floco de neve.

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