Rio Grande do Sul
Período mais crítico do inverno terá calor, excesso de chuva e temporais
Intensificação do fenômeno El Niño no decorrer do inverno fará com que o final da estação seja hiperativo em fenômenos.
O inverno astronômico teve início nesta quarta-feira no Hemisfério Sul às 11h58 com o solstício e vai até o dia 23 de setembro. Um período diferente do denominado inverno meteorológico, que tem data fixa, de 1º de junho a 31 de agosto.
A estação astronômica começa com o Rio Grande do Sul ainda sofrendo os efeitos e contando os estragos de um dos maiores desastres climáticos de sua história com 16 mortos, muita destruição e dois milhões de pessoas afetadas.
O grande protagonista deste inverno no clima será um velho conhecido, o El Niño, que se caracteriza pelo aquecimento anômalo das águas superficiais do Oceano Pacífico na faixa equatorial. O fenômeno altera a circulação da atmosfera em escala planetária e, por óbvio, há repercussões no clima. O ciclone dos dias 15 e 16 foi uma amostra do que pode se esperar no clima nos próximos meses no estado com muitos eventos extremos que deixarão mais vítimas e flagelados. A tendência é de uma atmosfera hiperativa nos próximos meses à medida que o El Niño se intensifica.
Mas não só isso. O planeta adentra fase de aquecimento sem precedentes na era observacional com múltiplas ondas de calor marinhas recordes e cobertura de gelo marinho em níveis baixos recordes na Antártida.
A superposição de El Niño com outros extremos de aquecimento oceânico esquentará demais o planeta e o clima vai estar muito propício a extremos. No caso do Rio Grande do Sul, os meses de primavera podem ser especialmente críticos por temporais frequentes e fortes assim como eventos de chuva excessiva com inundações.
A superposição de El Niño com outros extremos de aquecimento oceânico esquentará demais o planeta e o clima vai estar muito propício a extremos. No caso do Rio Grande do Sul, os meses de primavera podem ser especialmente críticos por temporais frequentes e fortes assim como eventos de chuva excessiva com inundações. Por isso, a MetSul considera que o período final do inverno, mais perto da primavera, entre agosto e setembro, deve ser o mais crítico da estação com maior propensão a eventos extremos de temperatura e precipitação.
Podem ocorrer mudanças muito radicais de temperatura, de calor para frio, e uma maior frequência de temporais de granizo e vendavais, alguns fortes a severos, com eventos de ciclones e chuva que em alguns casos ser muito significativos com cheias de rios e inundações.