Economia

Pesquisa da FIERGS revela que indústria gaúcha começa segundo semestre em crescimento

Sondagem Industrial mostra empresas dispostas a investir, mas preocupação com falta ou aumento nos custos dos insumos.

Por Assessoria/FIERGS Publicado em 26/08/2021 15:41 - Atualizado em 31/07/2024 09:20

Com alta na produção e no emprego, a indústria gaúcha começa o segundo semestre em crescimento, aponta a pesquisa Sondagem Industrial, divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), nessa quinta-feira (26). Os índices, que variam de zero a cem pontos, atingiram 56,1 e 53,3 em julho, respectivamente, e acima de 50, indicam avanços na comparação com o mês anterior. “Os resultados foram superiores aos esperados pela sazonalidade do período, sendo que o emprego registrou a 13ª expansão consecutiva, mas a elevação no preço dos insumos ainda é motivo de preocupação para o setor, e 75% das empresas reconhecem a falta ou o aumento no custo da matéria-prima como o principal problema no segundo trimestre”, diz o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry. A criação de vagas subiu em 18,5% das empresas.

Na avaliação das empresas consultadas, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) foi normal em julho, com o índice em relação ao usual atingindo 50,3 pontos. A indústria gaúcha operou com 73% de sua capacidade, dois pontos percentuais abaixo de junho, mas três acima da média histórica do mês. A Sondagem registrou também um pequeno acúmulo nos produtos finais, conforme revela o índice de estoques em relação ao planejado. Chegou a 50,6 pontos, bem próximo dos 50, valor que representa o nível planejado pelas empresas. Ficou acima do programado em 21,1% das empresas e abaixo, em 20,6%.

O bom desempenho registrado na atividade industrial gaúcha em julho aumentou o otimismo dos empresários e projeta, na pesquisa realizada entre 2 e 11 de agosto, maior demanda e emprego para o setor. As expectativas para os próximos seis meses denotam perspectiva de crescimento, com todos os índices acima de 50 pontos. O índice de demanda cresceu 0,8 ponto, para 61,2, o de compras de matérias-primas avançou 2,1 e está em 60,1. O de exportações subiu 2,6, atingindo 56,7. O índice de expectativa do número de empregados ficou praticamente estável: 55,7 pontos.

A intenção de investimentos nos próximos seis meses é alta entre as empresas do RS. Mesmo que o índice tenha caído em agosto, 1,3 ponto na comparação com julho, continua elevado, 60,1 pontos, dez acima de sua média histórica. Em agosto, 65,3% mostram disposição de investir.

A pesquisa consultou 222 empresas, sendo 43 pequenas, 74 médias e 105 grandes.

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