Rio Grande do Sul
Pesquisa Epicovid19 inicia hoje nova etapa de testes para o coronavírus no RS
Estudou vai entrevistar 4,5 mil pessoas em nove cidades gaúchas
O estudo de Evolução da Prevalência de Infecção por Covid-19 no Rio Grande do Sul (Epicovid19-RS) inicia nova etapa de entrevistas e testes para o coronavírus com a população gaúcha a partir desta sexta-feira. Até a próxima segunda-feira, profissionais voluntários da área da saúde, sob coordenação do Instituto Pesquisas de Opinião (IPO), vão visitar quinhentos domicílios, em nove cidades gaúchas, e convidar os moradores a fazer o teste para o coronavírus. Ao todo, 4,5 mil pessoas serão entrevistadas e testadas em Pelotas, Uruguaiana, Santa Maria, Porto Alegre, Canoas, Caxias do Sul, Ijuí, Passo Fundo e Santa Cruz do Sul.
Os dados mais recentes, divulgados no final de fevereiro, estimam que mais de 1,13 milhão de pessoas já tenham sido infectadas – o que equivale a um a cada dez habitantes do Rio Grande do Sul.
O Epicovid19-RS, coordenado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em parceria com o Governo do RS, é um levantamento populacional em série que aponta o número de casos de coronavírus na população gaúcha, incluindo pessoas sem sintomas. A série de coleta de dados, que chega à décima etapa no próximo fim de semana, teve início em abril de 2020, menos de 20 dias após o registro da primeira morte pela doença em solo gaúcho. Com isso, o Epicovid19-RS se torna o único estudo no mundo a realizar dez etapas de acompanhamento da prevalência de coronavírus na população das mesmas cidades, proporcionando um registro histórico com base em evidências científicas desde o início da pandemia no estado.
Como funciona a pesquisa
Em cada município do estudo, a seleção das residências e dos moradores que irão fazer o teste para o coronavírus ocorre por meio de um sorteio aleatório, utilizando os setores censitários do IBGE como base. Para o exame, os profissionais de saúde coletam amostra de sangue (uma gota) por meio de um pique na ponta do dedo do participante. O método utilizado é um teste do tipo Elisa (sigla em inglês para ensaio de imunoabsorção enzimática), desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que apresenta alta sensibilidade para detectar anticorpos da Covid-19 mesmo em casos mais antigos de infecção. Além do teste, o participante responde a uma breve entrevista sobre ocorrência de sintomas relacionados à Covid-19, busca por assistência médica, vacinação e rotina das famílias em relação às medidas de distanciamento social.
Mobilização de doze universidades públicas e privadas
O estudo envolve uma rede de doze universidades públicas e privadas: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos); Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc); Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ); Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Universidade Federal do Pampa (Unipampa/Uruguaiana); Universidade de Caxias do Sul (UCS); IMED e Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS/Passo Fundo), Universidade de Passo Fundo (UPF) e Universidade La Salle (Unilasalle).