Esporte
PF notifica jogadores da Argentina; caso é discutido por ministérios
Saúde e Justiça analisam episódio para buscar a melhor solução. Jogadores descumpriram protocolos sanitários ao entrar no Brasil.
A Polícia Federal (PF) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já notificaram os quatro jogadores da Argentina que descumpriram a regra para entrada de viajantes em solo brasileiro, sem passar por quarentena dentro dos protocolos de controle devido à pandemia da covid-19. Eles foram encontrados pelos agentes da PF na Neo Química Arena, em São Paulo, onde enfrentam o Brasil em um jogo das Eliminatórias da Copa 2022, neste domingo.
A situação agora é discutida entre os ministérios da Saúde e Justiça, que buscam a melhor solução. Os atletas são Emiliano Martínez e Emiliano Buendia, ambos do Aston Villa, e Giovani Lo Celso e Cristian Romero, do Tottenham. Mais cedo, a Anvisa informou que acionou a PF para barrar os atletas na partida contra o Brasil. A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), entretanto, entraram em contato com o governo brasileiro para garantir a presença dos atletas no confronto.
Segundo a Anvisa, eles entraram no Brasil descumprindo as regras sanitárias do país, “ao supostamente declararem, em formulário oficial da autoridade sanitária brasileira, informações falsas”. A agência já se reuniu com o Ministério da Saúde e com a Coordenação de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, no último sábado.
Foi após a reunião que confirmou-se que eles descumpriram a regra para entrada de viajantes, que prevê que viajantes estrangeiros que tenham passagem, nos últimos 14 dias, pelo Reino Unido, África do Sul, Irlanda do Norte e Índia, estão impedidos de ingressar no Brasil.
“Os jogadores em questão declararam não ter passagem por nenhum dos 4 países com restrições nos últimos 14 dias. Os viajantes chegaram ao Brasil em voo de Caracas/Venezuela com destino a Guarulhos. Porém, notícias não oficiais chegaram à Anvisa dando conta de supostas declarações falsas prestadas por tais viajantes”, explicou a agência.