Segurança

PF prende mais de 60 em operação contra o contrabando de cigarros

A Justiça determinou ainda o sequestro de 31 bens imóveis e o bloqueio de contas em nome dos chefes da organização.

Por Assessoria/PF Publicado em 09/06/2022 13:24 - Atualizado em 03/06/2024 11:15

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (9), a Operação Capital com o objetivo de desarticular organização criminosa que atuava no transporte de cigarros contrabandeados na região de Guaíra, na fronteira do Paraná com o Paraguai.

Aproximadamente 400 Policiais Federais cumprem 162 mandados, sendo 96 de busca e apreensão e 66 de prisão preventiva nas cidades de Guaíra, Terra Roxa, Iporã, Francisco Alves, Umuarama, Cafezal do Sul, Altônia no Paraná e no Balneário Camboriú em Santa Catarina. Os mandados judiciais foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Guaíra/PR.

A Justiça determinou ainda o sequestro de 31 bens imóveis e o bloqueio de contas em nome dos chefes da organização. Entre os alvos da operação estão policiais militares.

Ao longo dos 7 meses de investigação a PF produziu farto acervo probatório, tendo restado demonstrado que a organização criminosa chegou a movimentar até 750.000 maços de cigarros em apenas uma noite, o que em valor de mercado corresponde a aproximadamente R$ 3.750.000,00 (três milhões setecentos e cinquenta mil reais).

Assessoria/PF

A organização conta com pelo menos 100 integrantes, grande parte formada por “olheiros” que alertavam o grupo criminoso sobre a movimentação policial na região, tendo sido identificados, além dos líderes, também pilotos e outros integrantes que atuavam na logística do crime.

As investigações revelaram, ainda, que a organização teria cooptado policiais militares que atuam na região, os quais recebiam propina para facilitar as atividades do grupo, prestando informações sobre a atuação das forças de segurança, fazendo “vista grossa” para a atividade ou dando cobertura aos criminosos.

Assessoria/PF

Os investigados responderão pela prática de crimes de contrabando, participação em organização criminosa e corrupção ativa e passiva, cujas penas, se somadas, podem ultrapassar 25 anos de prisão.

As investigações contaram com o apoio da Polícia Militar do Estado do Paraná e da SEOPI/MJSP. A ação desencadeada se insere no contexto da Operação Controle Brasil, articulada pela Secretaria de Operações Integradas – SEOPI, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que integra diversos órgãos no combate aos delitos de contrabando e descaminho de bebidas, fumo e insumos agrícolas.

O nome “Capital” dado a operação faz alusão à maneira que os criminosos se referem ao município de Altônia/PR.

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