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Divulgação Emater/RS-Ascar
Agro

Plantio da soja é concluído no RS e potencial produtivo continua afetado pela estiagem

Informativo Conjuntural, produzido e divulgado pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, foi divulgado nesta quinta-feira (17)

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
por  Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
17/02/2022 20:57 – atualizado há 1 ano
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As chuvas da última semana foram em menor abrangência e volume, mas onde incidiram proporcionaram condições para o surgimento de novos trifólios, o aumento de porte, o fechamento de entrelinhas e intensificação da coloração verde escura das lavouras de soja, que teve seu plantio concluído e está com 4% da área cultivada já em maturação, outros 44% em enchimento de grãos, 37% em floração e 15% ainda em germinação e desenvolvimento vegetativo.

De acordo com o Informativo Conjuntural, produzido e divulgado nesta quinta-feira (17/02) pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), o quadro geral continua com potencial produtivo afetado, estande de plantas abaixo do ideal, baixa área foliar e antecipação da finalização do ciclo das plantas, principalmente em cultivares de ciclo curto ou estabelecidas no início do período recomendado para plantio. A colheita de cultivares mais precoces apresentam resultados muito aquém dos esperados, mas ainda representam áreas muito pequenas, sem relevância estatística.

Com a manutenção de condições ambientais mais favoráveis na metade Leste do Estado, as lavouras de milho semeadas mais recentemente, apresentaram um bom estabelecimento inicial e desenvolvimento mais uniforme. Nas lavouras implantadas até a metade do período indicado no Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), avançou a colheita, alcançando 54% da área total cultivada.

O plantio da cultura chega a 99% da área total estimada, da qual restam ainda 19% fase em maturação, 13% em enchimento de grãos, 8% em floração e 6% em germinação e desenvolvimento vegetativo. A perda de produtividade, nesses primeiros cultivos, é bastante elevada e consolida a redução de 53% em relação a projetada inicialmente.

A condição de tempo nas principais regiões produtoras de arroz, com predomínio de ar seco e com alguns dias com temperaturas elevadas, permitiu o avanço da colheita no período, ampliando para 3% da área cultivada no Estado. Esse índice deverá ter elevação mais acentuada nos próximos períodos, pois 19% do cultivo já está em processo de maturação. Outros 35% estão enchimento de grãos, 31% em floração e 12% em germinação e desenvolvimento vegetativo. A grande variação de temperaturas ocorrida durante a semana, pode afetar as lavouras em fases reprodutivas.

Na última semana, prosseguiu a colheita do feijão, superando 60% da área cultivada em primeira safra. A produtividade média aproximadamente 20 sacos por hectare, ultrapassando os 30% de perdas em relação a projeção inicial de rendimento.

OLERÍCOLAS

Na Fronteira Oeste, regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, Itacurubi passa por grave quadro de estiagem, e estima-se que toda a produção de mandioca para comercialização com área cultivada de nove hectares foi perdida, também havendo comprometimento das áreas destinadas para o autoconsumo. Em São Borja, agricultores que participam da feira semanal estão com reduzida disponibilidade de produtos devido à falta de água para irrigação dos cultivos, com maior impacto na produção de alface e rúcula. Na Campanha, produtores de Bagé que perderam boa parte da produção de folhosas de janeiro devido às altas temperaturas, aproveitaram o clima ameno do período para realização de novos plantios.

FRUTÍCOLAS

Na regional de Santa Rosa, embora tenha ocorrido alguma precipitação nos primeiros dias de fevereiro, a situação da fruticultura segue preocupante, com queda de folhas e frutos, em especial os citros. O déficit hídrico causou paralisação no desenvolvimento de ramos e queda antecipada de folhas em espécies caducas, o que prejudica o acúmulo de reservas para a próxima fase produtiva, situação que poderá comprometer a produção futura de frutas. Entretanto, se observa que nas áreas onde ocorreram boas chuvas cessou a queda de folhas das frutíferas e, em alguns casos, iniciou novas brotações. Nessas localidades os produtores poderão fazer o manejo controlando pragas e doenças e as adubações necessárias.

Nos citros da região há queda de frutos jovens devido ao estresse hídrico e casos de mortalidade de plantas. Além da seca, o vento norte trouxe o ataque de pulgões. Também ocorre a presença de ácaros e larva minadora, mas no momento não é possível fazer o controle. A cultura da manga está em frutificação, início da maturação e colheita, acelerada pela falta de umidade e calor excessivo. O cultivo da melancia e melão irrigados por gotejamento, está com a colheita finalizada. A produtividade dessas culturas foi afetada por doenças fúngicas no período de elevada umidade em outubro e pela baixa ocorrência de chuva a partir de meados de novembro até hoje. A alta radiação solar também causou problemas de escaldadura nos frutos.

PREVISÃO DO TEMPO

Os próximos setes dias terão muita umidade, mas chuva de baixo volume na maior parte do Estado. Na quinta (17) e sexta-feira (18), a propagação de uma frente fria no mar e a aproximação de uma área de baixa pressão favorecerão o aumento da nebulosidade e poderão ocorrer pancadas isoladas de chuva, principalmente nos setores Leste e Nordeste. No sábado (19), o ingresso de ar quente e úmido favorecerá a elevação das temperaturas, com valores superiores a 36°C em todo RS. No domingo (20), no domingo a nebulosidade vai aumentar, com períodos de céu encoberto e possibilidade de pancadas isoladas de chuva, associadas ao calor. Entre a segunda (21) e quarta-feira (23), a presença de um cavado (área de baixa pressão alongada) manterá a nebulosidade e a possibilidade de pancadas de chuva, com chance de temporais isolados em todas as regiões.

Os volumes previstos deverão ser inferiores a 10 mm na Campanha, Região Central e na Fronteira Oeste, nas demais regiões os totais deverão oscilar entre 15 e 30 mm. No Alto Uruguai e nos Campos de Cima da Serra os valores poderão alcançar 50 mm em algumas localidades.

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