Policial morto por atirador em Novo Hamburgo era pai de um bebê com pouco mais de um mês
Éverton Kirsch Júnior, 31 anos, morreu atingido com um tiro na cabeça. Ele será sepultado hoje no Crematório e Cemitério Parque Jardim da Memória, em Novo Hamburgo.
Éverton Kirsch Júnior, o policial militar morto por um atirador na cidade de Novo Hamburgo (RS) tinha acabado de se tornar pai. Aos 31 anos, ele deixa a mulher e um bebê recém-nascido de apenas 46 dias. O bebê permanece no hospital, ao lado da viúva do soldado. Kirsch havia ingressado na Brigada Militar em 2018.
Éverton era filho único, formado em Direito pela Universidade Feevale, decidiu atuar como policial.
“Morto em combate na madrugada da última quarta-feira, o soldado Everton Kirsch ingressou nas fileiras da Brigada Militar em 2018 e pertencia ao 3° Batalha de Polícia Militar, em Novo Hamburgo. O militar restou ferido fatalmente durante o cumprimento do dever, arriscando a própria vida pela segurança e proteção do povo gaúcho. Nesta triste data, a Brigada Militar presta sua homenagem e apoio aos familiares, amigos e colegas”, escreveu a corporação, em nota.
Em nota publicado no X (antigo Twitter), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, confirmou a perda do soldado da Brigada Militar.
“O soldado Everton, com apenas 31 anos, deu sua vida para proteger a sociedade gaúcha. Ele era esposo, pai de um bebê de 45 dias e, acima de tudo, um herói. Que sua coragem e dedicação nunca sejam esquecidas. Meus sentimentos à família e o desejo de rápida recuperação aos feridos”, publicou Leite.
A cerimônia de despedida ocorrerá às 11h nesta quinta-feira, 24.
O PM integrava a primeira guarnição que chegou ao imóvel na rua Adolfo Jaeger, no bairro Ouro Branco, por volta das 22h40min de terça-feira. Inicialmente, a informação era que a ocorrência envolvia uma briga familiar.
Quando estava em meio ao atendimento do caso, um dos moradores abriu fogo com uma arma e atingiu o PM na cabeça. O corpo dele foi retirado do imóvel somente às 1h27min, pelo efetivo do Batalhão de Operações Especiais (Bope), em meio ao tiroteio.
O atendimento da ocorrência foi encerrado após mais de 10 horas. O atirador identificado como o motorista de caminhão Edson Fernando Crippa, de 45 anos, que morreu no confronto. Além do soldado, o criminoso também assassinou o pai e um irmão. A mãe, a cunhada e mais cinco militares foram feridos.