Economia
Preço do litro da gasolina ultrapassa R$ 7 em quatro estados
O Tocantins e o Rio Grande do Sul são os Estados brasileiros onde o combustível está mais caro.
O preço do litro da gasolina comum já ultrapassa R$ 7 em pelo menos quatro Estados brasileiros, segundo a pesquisa semanal da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
O Tocantins e o Rio Grande do Sul são os locais onde o combustível está mais caro. No RS, é possível encontrar o litro da gasolina nos postos entre R$ 5,72 e R$ 7,18. Já no Tocantins, o preço varia de R$ 5,75 a R$ 7,36.
No Rio de Janeiro, a gasolina é vendida entre R$ 5,89 e R$ 7,05. No Acre, o litro custa de R$ 6,19 a R$ 7,13.
Pressionada pela alta nos preços do petróleo no mercado internacional, a Petrobras já aumentou nove vezes o valor do litro da gasolina vendida nas refinarias neste ano. Nas bombas, o combustível já acumula alta de 28,21% no País em 2021. A avaliação de especialistas é de que o preço deve continuar subindo nos próximos meses em razão do aumento do consumo.
Petrobras
Na composição do valor da gasolina, a fatia da Petrobras é a maior, com 32,9%. A companhia detinha 98% do mercado de refino até 2019, quando se comprometeu com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a vender metade de suas refinarias. Por enquanto, a única que já foi vendida é a da Bahia, que ficou com o Mubadala, o fundo soberano dos Emirados Árabes.
Manter a paridade de preços internacionais é considerado fundamental para atrair interessados para as outras refinarias. Outro fator que reforça a necessidade de manter a política da Petrobras de paridade de preços internacionais é o fato de que o Brasil precisa importar combustíveis para abastecer o mercado interno. Quase 7% da gasolina consumida no País entre janeiro e junho deste ano foi importada.
ICMS
Sempre citado pelo presidente Jair Bolsonaro, o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), definido pelos Estados, também é um “vilão” no preço dos combustíveis. O tributo é responsável por 27,9% do valor final. Impostos federais – Cide, PIS e Cofins – representam outros 11,6%.