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Primeira testemunha da Kiss diz que “reformas contribuíram para tragédia”

Depoimento de Kátia Geane Pacheco Siqueira teve início por volta das 14h15 e se estendeu até às 19h15 desta quarta-feira, no Foro Central de Porto Alegre.

Rádio Guaíba
por  Rádio Guaíba
01/12/2021 22:20 – atualizado há 2 anos
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O depoimento da primeira testemunha do julgamento da boate Kiss, Kátia Geane Pacheco Siqueira, teve início por volta das 14h15min e se estendeu até às 19h15min desta quarta-feira, no Foro Central de Porto Alegre. Durante mais de quatro horas, a testemunha respondeu a perguntas de representantes do Ministério Público e dos advogados de defesa dos réus Elissandro Callegaro Spohr, Mauro Londero Hoffmann, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão, acusados de homicídio simples com dolo eventual pelo incêndio na casa noturna. A tragédia matou 242 pessoas e deixou mais de 630 feridas, em 27 de fevereiro de 2013, na cidade de Santa Maria.

Reprodução TJRS

A ex-funcionária da boate, que trabalhava quando era solicitada, afirmou que no dia do incêndio chegou às 23h. “Neste horário já tínhamos que estar com os uniformes e os clientes começavam a entrar”, destacou, lembrando que encontrou dentro da boate uma amiga que morreu na tragédia. Kátia afirmou ainda que na noite do incêndio não havia extintores na boate, tampouco bombeiros, quando o fogo começou. Ela relatou também que era comum o uso de artefatos e que a boate só tinha uma saída, bloqueada por barras metálicas, perto da porta principal.

“As reformas da boate contribuíram para a tragédia. Com tudo o que fizeram na reforma, como a elevação do palco e a colocação de espuma, eles tentaram matar a gente”, afirmou.

Ainda durante o depoimento, Kátia destacou que parte da iluminação da boate caiu e o público gritava “fogo e briga”. Ela contou que naquele momento teve 40% do corpo queimado e acordou após 21 dias, internada em um hospital de Porto Alegre.

Durante o testemunho de Kátia, o juiz Orlando Faccini Neto advertiu os advogados de defesa para fazerem perguntas pertinentes à testemunha. O juiz encerrou o depoimento por volta das 19h15min e determinou um intervalo.

Segunda testemunha depõe

Por volta das 20h, teve início o depoimento de Kellen Giovana Leite Ferreira, sobrevivente da tragédia. “Nunca vi brigadistas ou bombeiros para prevenir incêndio na Boate Kiss.” Ela relatou que ingressou na justiça para conseguir uma prótese da perna. “A família do réu Elissandro Spohr nunca prestou solidariedade”, frisou Kellen.

Kellen ficou internada em Porto Alegre por 78 dias, sendo 15 deles em coma induzido, passou por diversas cirurgias de enxerto de pele, em razão das queimaduras sofridas, e de colocação de prótese. A vítima da tragédia perdeu parte da perna no incêndio.

Na manhã de quinta-feira, devem ser ouvidos Emanuel Almeida Pastl e Jéssica Montardo Rosado. Na primeira hora da tarde, será ouvida a testemunha Miguel Ângelo Teixeira Pedroso. Depois, falam Lucas e Gustavo Cauduro.

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