Agro
Produção de mel no Rio Grande do Sul deve se manter estável nesta safra
Os dados da produção de mel em 2021 ainda estão sendo computados pelo IBGE. Em 2020, o estado produziu 7.467 toneladas métricas de mel.
Apesar da estiagem, que provocou quebra de safra em diversos tipos de culturas, a produção de mel no Rio Grande do Sul deve se manter estável em comparação com os anos anteriores, segundo a Emater/RS-Ascar.
“De formal geral, toda vez que se tem falta de chuvas, a tendência é que o volume e a qualidade do mel produzido aumentem. Porém, temos um estado muito grande, de regiões que foram muito prejudicadas pela estiagem e, por isso, alguns enxames perderam produtividade. Para uma região, a produtividade melhorou e, para outras, nem tanto assim. No somatório geral, não vimos mudança”, avaliou o assistente técnico em Produção Animal da Emater/RS-Ascar João Alfredo Sampaio.
Os dados da produção de mel em 2021 ainda estão sendo computados pelo IBGE. Em 2020, o Rio Grande do Sul produziu 7.467 toneladas métricas de mel.
Durante reunião da Câmara Setorial de Apicultura da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do RS, realizada na semana passada, Sampaio apresentou as principais ações planejadas pela Emater/RS de apoio a apicultores e meliponicultores neste ano. O planejamento da entidade prevê o atendimento a 244 municípios, beneficiando 2.794 apicultores e 98.666 colmeias. As ações previstas são: orientações sobre manejo e comercialização e contato com 73 associações e cooperativas de produtores.
Já na meliponicultura, 90 municípios deverão ser abrangidos, com atendimentos a 806 meliponicultores e 799 colmeias. Ações educativas, orientações sobre manejo e comercialização, além de atuações conjuntas com associações de produtores, estão entre as ações previstas.
Conforme o assistente técnico, entre os entraves da apicultura no RS estão a necessidade de uniformizar a tecnologia de produção, em um cenário composto por 60% de pequenos produtores; fortalecer associações; elaborar legislação específica para o setor; verificar o uso de agrotóxicos; e reverter o quadro de eliminação das plantas nativas.
Para a meliponicultura, os entraves são: desmatamento e uso de agrotóxicos; proliferação desordenada de pragas ou predadores naturais; elaboração de legislação para criação e coleta de enxames e regularização de produtos para venda; dificuldade de acesso aos produtos da meliponicultura; falta de assistência técnica, políticas públicas e de cultura de manejo e uso de produtos da meliponicultura.