Ciência
Produção de vacina 100% brasileira contra o coronavírus começará em maio, diz Butantan
O Butantan anunciou a criação da Butanvac, nova candidata a vacina contra a Covid-19.
O Butantan anunciou a criação da Butanvac, nova candidata a vacina contra a Covid-19. O instituto informou que pedirá autorização à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nesta sexta-feira (26) para iniciar os estudos clínicos em voluntários.
“Vamos dialogar intensamente com a Anvisa para que ela perceba a importância da autorização do início desses estudos clínicos o mais rapidamente possível, para que possamos em um mês e meio, dois meses e meio, terminar essa fase de avaliação clínica e iniciar a produção”, afirmou o diretor do Butantan, Dimas Covas.
A expectativa é de que, uma vez obtida a autorização, os testes possam começar em abril. Em maio, o Butantan iniciará a produção do imunizante. Os detalhes foram divulgados nesta sexta pelo governo de São Paulo em uma entrevista coletiva na sede do instituto.
Segundo Dimas Covas, o desenvolvimento da vacina começou há um ano. O imunizante foi desenvolvido com matéria-prima brasileira e utiliza tecnologia similar à usada na vacina da gripe.
“Essa vacina será integralmente produzida aqui, nós não dependeremos de nenhum insumo, da importação de nenhum insumo, é uma tecnologia que já existe. Essa tecnologia é a mesma que é usada para a produção da vacina da gripe”, explicou.
O pedido de autorização se refere às fases 1 e 2 de testes da vacina, nas quais serão avaliadas segurança e capacidade de promover resposta imune com 1.800 voluntários. Na fase 3, até 9.000 pessoas irão participar, e a etapa vai estipular a eficácia do imunizante brasileiro.
O objetivo é encerrar os testes e ter 40 milhões de doses da vacina prontas antes do final de 2021. Além do Brasil, a Butavac também será testada no Vietnã e na Tailândia, onde a fase 1 já foi iniciada.
CoronaVac
Atualmente, o Butantan é responsável pela etapa final de produção da CoronaVac, vacina desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
A partir do segundo semestre, o instituto dever nacionalizar a fabricação, com a término da construção da fábrica que será destinada ao imunizante. O instituto garantiu que o desenvolvimento da nova vacina não irá alterar o cronograma da CoronaVac.