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Programa amplia e qualifica produção rural em Aratiba
Através do programa, os produtores ganham da Prefeitura auxílio de 25% do valor total investido, além de máquinas para instalação dos sistemas.
O agronegócio é um dos pilares da economia de Aratiba. Até por isso, a Administração Municipal vem realizando importantes investimentos no setor.
Um deles é o Programa Irriga Aratiba que tem por objetivo incentivar a instalação e uso de sistemas de irrigação e fertirrigação nas propriedades.
Através do programa, os produtores ganham da Prefeitura auxílio de 25% do valor total investido, além de máquinas para instalação dos sistemas.
O secretário da Agricultura, Joarez Miechuanski salienta que desde 2021, a prefeitura já investiu mais de R$ 300 mil, totalizando mais de 40 propriedades beneficiadas.
“É um programa que visa incentivar o uso racional dos recursos hídricos e principalmente dos dejetos da produção de suínos, que antes eram um grande problema para o produtor e para o município, desenvolvendo uma agricultura sustentável, com respeito ao meio ambiente, bem como agregar mais renda às propriedades, onde temos notado ganhos significativos”, destaca ele.
Um destes investimentos foi realizado pelo produtor Thagor Basso, na comunidade de Linha 15 de Novembro.
Na propriedade que antes tinha apenas suinocultura, o produtor investiu em fertirrigação em uma área de 15 hectares e que hoje desenvolve a atividade de bovinocultura de corte.
“Ganhamos em várias frentes. A primeira foi na questão do destino dos dejetos suínos, atualmente absorvidos totalmente na propriedade sem o custo da destinação antes feito por caminhões do município, gerando maior qualidade e volume de pastagem que é ofertado ao rebanho. Atualmente conseguimos trabalhar com até 10 cabeças de gado por hectare e este percentual deve aumentar no próximo ano, pois temos tido sobra de pasto em função da fertirrigação”, aponta o produtor.
Além disso, Thagor salienta que após dois anos da implantação do sistema, este já gera lucros na propriedade comprovando a sua viabilidade.Joarez Miechuanski explica que em sistemas normais, se trabalha com lotação média de 1,5 cabeças por hectare.
“Quando entra a irrigação e fertirrigação, conseguimos trabalhar com lotação acima de 10 cabeças por hectare como no caso da propriedade do Thagor Basso e muitas outras no município que adotaram essa técnica. Salienta também que o sistema proporciona uma melhor oferta em quantidade e qualidade da pastagem, reduzindo drasticamente o custo de produção, diminuindo o uso de alimentação concentrada e com maior ganho de peso. No caso da propriedade do Thagor, já chegou a 10 e pode ultrapassar este número nos próximos anos. Isso mostra o potencial de produção que agrega renda superior às famílias”, amplia o secretário da Agricultura.
Ele e o vice-prefeito, Gelson Carbonera, estiveram visitando a propriedade de Basso para conferir de perto os ganhos após a implantação do sistema de fertirrigação.
“É impressionante ver a qualidade da pastagem e acima de tudo a satisfação do produtor com os ganhos. Este é o papel do gestor público, gerar oportunidades que vão desde a cidade ao campo, possibilitando produzir mais, com melhor qualidade e acima de tudo gerando mais renda a nossa população”, completa o vice-prefeito.
Sistemas de irrigação e fertirrigação podem ser aplicados em outros segmentos do agronegócio, como citricultura, bovinocultura de leite e produção de grãos. Mais informações sobre o programa ofertado pela prefeitura podem ser obtidas na Secretaria da Agricultura.