Programa Irriga + RS finaliza etapa de construção de açudes em Machadinho

O Programa Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural - Eixo Estratégico Irriga + RS, em parceria com o município de Machadinho, executa obras de construção de açudes para reserva de água. Nesta semana, os trabalhos em mais uma etapa do projeto foram finalizados, com a abertura de açude na propriedade da família Gertyas, localizada na Linha Polo, localizada no interior do município.

O processo de construção atingiu sua fase final no município de Machadinho, projetos que tiveram início no ano de 2019/2020 e que por questões burocráticas, acabaram tendo um processo mais demorado. Para o engenheiro agrônomo da EMATER/ASCAR escritório de Machadinho, João Renato Dal”Agnol, a construção de açudes vem com a proposta de minimizar os efeitos da estiagem presente de forma significativa no Estado. “A cada dez safras, sete nós temos perdas na área rural e destas sete, três geralmente trazem danos severos que acabam descapitalizando os produtores. Desta forma o Estado vem com a proposta de amenizar os efeitos da estiagem para produtores de pequeno, médio e grande porte” destacou Renato.

De acordo com os critérios estabelecidos pelo Programa, o objetivo da iniciativa visa “apoiar a construção de estruturas de reservação de água, para a expansão da prática da irrigação entre os agricultores e pecuaristas almejando estabilidade nas suas produções frente aos recorrentes quadros de estiagens que ocorrem no Estado”. Desta forma, através do Governo do Estado há a oferta de recursos a municípios através de convênios que viabilizem a contratação de maquinário, utilização de projeto técnico e demais mecanismos para a efetivação da obra.

A escassez e distribuição irregular das chuvas em determinados períodos, vem comprometendo a produtividade agrícola e pecuarista no Estado e consequentemente gerando prejuízos aos produtores. Neste sentido, a proposta incentiva o produtor a práticas de armazenamento e reserva de água para demandas futuras.

Nas considerações do Fiscal Ambiental do município, Lucas Grasmann, todas as áreas passaram por vistorias e levantamento de dados para viabilidade da construção. “Toda a legislação ambiental foi respeitada cumprindo os critérios do projeto e por isso cada obra teve o aval de todas as esferas competentes” salientou Lucas.

O secretário de finanças de Machadinho, Renato Darci de Oliveira, esclareceu que o município teve como despesa a terceirização de horas máquina e o processo de licitação, cumprindo as determinações e encaminhamentos orçamentários do Governo do Estado. “O município tem a obrigação de prestar contas e executar os serviços. A parte da Fiscalização ambiental também foi competência do município com a escolha dos locais e adequação das obras” afirmou o secretário.

Pensando na acessibilidade e distribuição de água com menor custo, a obra executada na propriedade da família Gertyas, foi estruturada para que toda a área fosse beneficiada. O jovem agricultor Mateus Gertyas, destaca que o projeto incentiva a produção. “A água é um fator limitante na produção. A nossa área não é tão grande, tendo um projeto de irrigação a gente consegue extrair ainda mais da propriedade, se beneficiar, permanecer na agricultura e ter um rendimento melhor e com baixo custo” afirmou Mateus.

Essa fase do projeto que permitiu a inscrição de agricultores em Machadinho, contou com a parceria da Emater/Ascar local, secretaria municipal de agricultura, setor ambiental do município além da análise e aprovação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural – COMAGRO, que em reunião selecionou por critérios e prioridades, as localidades e propriedades a serem beneficiadas. Ao todo foram construídos e concluídos sete açudes.