Cidade
Projeto da vereadora Ana Oliveira institui a Política Municipal para a População Imigrante
A proposta se dá em virtude do grande aumento de pessoas vindas de outros países para o município nos últimos anos, e depende de sanção do Poder Executivo para ser colocada em prática.
Na última semana, os parlamentares aprovaram por unanimidade o projeto de autoria da vereadora Ana Oliveira (MDB) que institui em Erechim a Política Municipal para a População Imigrante. A proposta se dá em virtude do grande aumento de pessoas vindas de outros países para o município nos últimos anos, e depende de sanção do Poder Executivo para ser colocada em prática.
Conforme explica a parlamentar, a Política Municipal para a População Imigrante tem como princípios a equidade de direitos e oportunidades aos imigrantes; a regularização da situação destas pessoas; o combate à xenofobia, ao racismo, ao preconceito e a quaisquer formas de discriminação, bem como o respeito aos direitos humanos; a promoção dos direitos sociais e do acesso aos serviços públicos, entre outros aspectos fundamentais para que os imigrantes tenham qualidade de vida no município.
Lar de imigrantes há 104 anos
Ana destaca o fato de que, desde o início de sua emancipação, em 1918, Erechim sempre foi lar de imigrantes de diversos países que ajudaram na construção da Capital da Amizade, em especial poloneses, alemães, italianos e judeus. “Foram pessoas que chegaram a estas terras com a esperança de trabalho, moradia e alimento para suas famílias. Mesma realidade que observamos hoje com imigrantes vindos do Haiti, Venezuela, Senegal, entre outros, que deixam para trás a pobreza, a miséria e até mesmo a guerra em busca de oportunidades”, afirma.
Para a vereadora, o poder público tem papel fundamental em bem receber estes novos moradores de Erechim, lhes proporcionando condições para reiniciarem suas vidas de maneira plena. “É preciso acompanhar de perto a realidade dos imigrantes ao chegarem em um novo país, já que enfrentam uma série de dificuldades, como o desconhecimento da língua, as diferentes tradições, a empregabilidade, o reaproveitamento de suas graduações, a distância de familiares, violação de direitos e a discriminação”, completa Ana, ressaltando ainda a necessidade de criação de um Conselho Municipal de Imigrantes.