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Qual sua opinião sobre a prospota de mudar a jornada de trabalho de 6x1 para 5x2

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Por Leandro Zanotto / zanottoleandro2@gmail.com Publicado em 06/11/2024 13:46

Uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) ganhou expressividade e passou a ser comentada de forma nacional nesta terça-feira, dia 12 de novembro. Seis meses após ser apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), a iniciativa ganhou corpo com assinatura de praticamente de 40 dos 60 deputados federais do PT, partido do atual presidente.

Em resumo a proposta busca alterar a jornada de trabalho e colocar fim no (6x1) seis dias com um de descanso, deixando como sugestão o (5x2) cinco dias de trabalho com dois dias de descanso consecutivos. Em outras linhas uma redução direta 44h para 36h por semana o limite máximo de horas semanais trabalhadas.

É importante dizer que a proposta ainda está na fase de captação de assinaturas na Câmara dos Deputados e precisa de mais apoios para avançar.

Esquerda e internet mobilizadas

Partidos da esquerda são os que mais se mobilizaram a favor da proposta, que é vista como uma forma de reconexão com a base. PCdoB, PDT e PSOL estão entre as legendas com representantes que já manifestaram apoio ao texto. No PSB, apenas dois parlamentares assinaram o documento.

Se na Câmara enfrenta resistência, na internet o projeto já tem mais de 1,6 milhão de assinaturas em uma petição online. A iniciativa foi lançada por Rick Azevedo (PSOL-RJ), vereador recém-eleito no Rio. O psolista mantém a mobilização no assunto tanto nas redes sociais como nas ruas, com ações de panfletagem pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT)

Argumento dos Defensores

Defensores da ideia argumentam que, ao reduzir a carga horária e oferecer mais folgas, os trabalhadores ficariam mais descansados e produtivos, o que poderia beneficiar as empresas no longo prazo. 

Oposição ainda tímida

Claro, que uma proposta desta não agradou empresários, principalmente dos ramos de varejo, comércio, indústria e setores de atendimento, que falam em perda de competitividade e aumento no custo de produção. 

O embarque da oposição ainda é tímido, e do PL, por exemplo, apenas um deputado assinou a PEC. Fernando Rodolfo (PL-PE).

Caso vá à votação, PEC precisa de 308 votos para passar na Câmara. Já no Senado, o texto precisa da aprovação de 49 senadores. Alcançadas essas votações, a nova regra entraria em vigor em até 360 dias.

Para ajudar a você refletir separei tópicos de prós e contras da mudança

Prós da Mudança para o Modelo 5x2

  1. Maior Qualidade de Vida e Saúde Mental
    Dois dias seguidos de folga proporcionam um tempo de descanso mais adequado. Com isso, trabalhadores têm mais espaço para atividades pessoais, lazer e convivência familiar, além de um período melhor para se recuperar do cansaço físico e mental acumulado ao longo da semana.
  2. Redução no Absenteísmo e Afastamentos Médicos
    A mudança para 5x2 pode reduzir os afastamentos e faltas por questões de saúde. A maioria dos estudos aponta que pausas maiores ajudam a reduzir o estresse e previnem doenças físicas e mentais, o que pode resultar em um ambiente de trabalho mais saudável e sustentável.
  3. Melhora na Produtividade e Satisfação dos Colaboradores
    Com mais tempo de descanso, é comum que trabalhadores retornem mais motivados e dispostos a dar o melhor de si. Isso pode melhorar tanto a produtividade quanto a satisfação dos funcionários, o que se reflete em uma força de trabalho mais engajada e comprometida com as metas da empresa.

Contras da Mudança para o Modelo 5x2

  1. Custos e Reestruturação para as Empresas
    Implementar um modelo 5x2 exige uma reorganização das escalas e, em muitos casos, novas contratações para cobrir turnos. Isso eleva os custos operacionais, um desafio especialmente para setores que operam 24 horas, como segurança, saúde, e serviços essenciais.
  2. Impacto em Setores com Alta Demanda Contínua
    Para algumas áreas, como o comércio e a indústria, que frequentemente lidam com fluxos altos e exigem operações contínuas, a escala 5x2 pode dificultar a adaptação ao ritmo de produção ou atendimento. Esse impacto na disponibilidade de mão de obra pode resultar em perda de competitividade e até em um aumento de preços dos produtos e serviços, prejudicando os consumidores.
  3. Desafios na Transição e Adaptação
    Mudar a jornada de trabalho requer uma adaptação na cultura corporativa e nos processos organizacionais. Nem todos os setores conseguem facilmente ajustar-se a uma mudança de escala, especialmente se a demanda por funcionários aumenta ou se a rotina exige grande previsibilidade para manter a produtividade.

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As eleições presidenciais dos Estados Unidos impactam o mundo inteiro, e a volta de Donald Trump à presidência americana pode reverberar diretamente no cotidiano dos brasileiros. Esse impacto vai além da política, afetando economia, segurança, relações internacionais e até o ambiente digital. Mas, o que realmente muda para nós?

Reprodução /X/ Donald Trump

1. Economia e Câmbio

Trump já demonstrou seu interesse em políticas econômicas protecionistas. Se ele retomar essa postura, isso pode impactar o comércio global, enfraquecendo parcerias e aumentando a pressão sobre o real. Com a valorização do dólar, o custo de produtos importados sobe, impactando desde eletrônicos até produtos básicos, que são essenciais na produção brasileira. Para quem tem viagens ou negócios ligados ao dólar, a atenção ao câmbio será redobrada.

2. Políticas de Energia e Meio Ambiente

Trump é conhecido por seu ceticismo em relação às mudanças climáticas. Se ele adotar políticas que favoreçam a indústria de combustíveis fósseis, países como o Brasil podem se ver pressionados a escolher entre sustentabilidade e economia. Isso pode influenciar decisões internas sobre o uso de recursos naturais, ampliando o impacto na Amazônia e afetando as políticas ambientais.

3. Acordos e Parcerias

Nos últimos anos, os EUA se consolidaram como um dos principais parceiros comerciais do Brasil. No entanto, uma reeleição de Trump pode trazer alterações na política externa americana, afetando diretamente as exportações brasileiras. Produtos agrícolas, por exemplo, podem sofrer com a mudança de tarifas e regulações, afetando preços e até a oferta no mercado interno.

4. A Influência na Opinião Pública e Redes Sociais

Trump tem um estilo direto e uma presença forte nas redes sociais. Sua retórica pode incentivar um aumento da polarização e do discurso agressivo nas redes brasileiras. Isso não apenas impacta o ambiente virtual, mas também reflete em interações sociais e políticas internas. Para aqueles que consomem notícias e estão atentos ao cenário político, a cobertura da mídia sobre a postura de Trump pode influenciar debates e até movimentos sociais locais.

5. Questões de Segurança e Defesa

Uma possível postura mais rígida de Trump nas relações com países considerados ameaças à segurança americana, como a China, poderia gerar tensões que impactem alianças e trocas comerciais. Essas tensões podem refletir indiretamente no Brasil, exigindo mais cautela em temas relacionados à segurança e defesa.

No fim, a volta de Trump pode ser mais do que um evento externo distante. É um exemplo de como, no mundo globalizado, decisões de grandes potências têm repercussões até nos detalhes da vida cotidiana, do supermercado à discussão nas redes sociais. Estar atento aos movimentos globais se torna, assim, uma necessidade para entender as transformações que podem estar a caminho.

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O que o Rio Grande do Sul pode aprender com o Paraná

Diversificação econômica, turismo integrado, avanços logísticos e parcerias estratégicas são alguns dos pontos que o estado vizinho pode inspirar para o desenvolvimento gaúcho.

O Brasil é um país marcado pela diversidade regional, e cada estado tem suas particularidades e desafios. O Rio Grande do Sul e o Paraná, embora vizinhos e com raízes culturais semelhantes, desenvolveram-se de maneiras distintas ao longo das décadas. Olhar para o Paraná pode ser uma oportunidade para o Rio Grande do Sul refletir sobre alguns aspectos que podem servir como inspiração para seu próprio desenvolvimento.

1. Diversificação Econômica

O Paraná tem conseguido se destacar na diversificação de sua economia, não ficando tão dependente de setores específicos. Com a expansão de indústrias automotiva, agrícola e do agronegócio, o estado criou uma estrutura econômica que se mantém estável frente às oscilações de mercado. Para o Rio Grande do Sul, que ainda enfrenta certa dependência em setores tradicionais como a agricultura e pecuária, a diversificação pode representar uma oportunidade de crescimento sustentável e menos vulnerável a crises.

2. Integração Logística e Infraestrutura

O Paraná investiu fortemente em sua infraestrutura logística, especialmente no que diz respeito à integração dos modais de transporte. Com o Porto de Paranaguá e uma malha rodoviária ampla, o estado melhorou seu escoamento de produtos para o mercado interno e para exportação. No Rio Grande do Sul, que também possui uma economia voltada para a exportação, seguir esse exemplo com maior investimento em infraestrutura pode representar um grande avanço para a competitividade de suas indústrias.

3. Turismo Integrado

Com Foz do Iguaçu, um dos principais pontos turísticos do Brasil, o Paraná conseguiu criar uma rede de turismo integrada, atraindo visitantes nacionais e internacionais. O Rio Grande do Sul possui belezas naturais e uma cultura rica, mas ainda tem potencial inexplorado em termos de turismo integrado. Aprender com as estratégias de promoção do Paraná poderia beneficiar áreas como a Serra Gaúcha, o Pampa e as regiões costeiras, diversificando a economia e atraindo mais turistas.

4. Incentivos à Inovação e Tecnologia

Nos últimos anos, o Paraná tem incentivado bastante o desenvolvimento de polos tecnológicos, como em Curitiba e Londrina, atraindo startups e investimentos em tecnologia. Essa visão de futuro pode servir como exemplo para o Rio Grande do Sul, que já tem uma base forte de pesquisa, especialmente com universidades e centros de inovação. Aproveitar o exemplo paranaense e investir mais em tecnologia pode trazer ainda mais inovação e novas oportunidades de emprego para a juventude gaúcha.

5. Gestão Pública e Parcerias com o Setor Privado

A gestão pública paranaense também tem buscado parcerias estratégicas com o setor privado para melhorar serviços públicos, especialmente em áreas como educação e saúde. Essas parcerias ajudam a diminuir a dependência exclusiva do estado e promovem eficiência e agilidade nos serviços. O Rio Grande do Sul, que enfrenta desafios fiscais, poderia beneficiar-se de modelos semelhantes, especialmente em setores que exigem alto investimento e modernização.

Conclusão

Claro, cada estado tem sua identidade e seus desafios específicos, mas a troca de experiências é sempre enriquecedora. Olhar para o Paraná pode ser um exercício valioso para o Rio Grande do Sul. Entender como uma gestão focada em diversificação, infraestrutura, turismo, inovação e parcerias estratégicas pode gerar resultados. Afinal, fortalecer um estado é fortalecer o Brasil como um todo.

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