Esporte
Romildo Bolzan Júnior poderá concorrer a governador do RS nas eleições de 2022
A ideia é decidir se a candidatura ao Governo do Estado é viável, ou não, antes da virada para o ano das eleições.
À frente do Grêmio desde 2014, Romildo Bolzan Júnior pode não terminar o seu último mandato na presidência do clube, válido até o final do ano que vem. Isso porque o dirigente, que já foi prefeito de Osório, permanece como um dos nomes mais fortes à corrida pelo Palácio Piratini em 2022, pleito em pode representar o PDT.
Em entrevista ao programa Agora, da Rádio Guaíba, na manhã desta quarta-feira (7), Bolzan se classificou como “um ser político” – e que, por isso, não descarta nenhuma hipótese eleitoral. Romildo garante que, se concorrer, será ao cargo máximo do Executivo gaúcho, fugindo da polarização para alcançar resultados melhores.
“Não dá pra fazer as duas coisas. Se tiver a candidatura, não tem Grêmio; se tiver Grêmio, não tem candidatura. Eu sei a projeção que a gente ganha, para o bem ou para o mal, em um clube de futebol. Essa é uma situação que pode transparecer uma oportunidade e, outras, oportunismo. Mas não descarto”, admite.
O presidente do Grêmio garante que está totalmente focado no dia a dia do clube até o fim de 2021. A ideia é decidir se a candidatura ao Governo do Estado é viável, ou não, antes da virada para o ano das eleições. A crise enfrentada pelo tricolor em campo, que rende a indigesta posição de lanterna no Campeonato Brasileiro, pode se tornar um empecilho.
“Existe hoje no Grêmio, na mídia, nas redes, uma desconstituição – uma despolitização e, principalmente, uma deslegitimação de tudo o que foi feito. Faz parte do jogo. Eu conheço muito bem os raciocínios de receitas prontas. Tu tem seis anos de construção, mas o desempenho momentâneo pode levar à desconstituição de tudo isso”, lamenta Bolzan.
Alianças
Romildo admite que, caso concorra ao Piratini, terá de se aliar a partidos de centro e de centro-direita para garantir a governabilidade. Entretanto, ressalta que ainda é contrário à algumas bandeiras deste espectro político, como é o caso das privatizações. No caso gaúcho, defende a manutenção de, ao menos, duas estatais.
“Não venderia nem a Corsan, nem o Banrisul, que é um braço financeiro importante. Políticas relacionadas ao fornecimento de água e esgoto, que são bens públicos, são de Estado. Quanto deixou de captar a Corsan? Tu pode não ter recursos no Tesouro, mas obras do tipo, se feitas, se pagam”, opina o possível candidato.