Rony Gabriel assegura aprovação de projeto que cria salas de autorregulação em Erechim

A proposta autoriza a criação de salas de silêncio destinadas à autorregulação sensorial de estudantes no ambiente escolar.

Por Carla Emanuele/Ascom Câmara de Vereadores Publicado em 12/11/2025 15:08 - Atualizado em 12/11/2025 15:16

As escolas municipais de Erechim poderão, em breve, contar com salas especialmente preparadas para acolher alunos autistas e neuroatípicos. A iniciativa é fruto do Projeto de Lei Legislativo nº 59/2025, de autoria do vereador Rony Gabriel (PL), aprovado por unanimidade pelos parlamentares durante a 41ª sessão legislativa. A proposta autoriza a criação de salas de silêncio destinadas à autorregulação sensorial de estudantes no ambiente escolar.

O projeto tem como objetivo garantir espaços tranquilos, seguros e equipados com objetos reguladores sensoriais, que auxiliem na redução da sobrecarga de estímulos, prevenindo crises e comportamentos disruptivos. De acordo com o vereador Rony Gabriel, a medida busca favorecer o bem-estar, a concentração e a inclusão de alunos autistas e neuroatípicos no processo de aprendizagem.

“Essas salas representam um gesto concreto de empatia e respeito às diferenças. Criar ambientes preparados para acolher estudantes com necessidades sensoriais específicas é um passo importante para uma educação verdadeiramente inclusiva”, destacou o parlamentar.

O texto do projeto explica que pessoas autistas apresentam alterações no processamento sensorial, o que pode dificultar a concentração e a interação social. As salas de acomodação sensorial oferecerão recursos que ajudam a aliviar a ansiedade e a promover o equilíbrio emocional, como fones de ouvido com cancelamento de ruído, lâmpadas de intensidade regulável, tendas sensoriais, cobertores ponderados, massinhas, brinquedos de texturas variadas e fidgets, entre outros.

Cada espaço deverá ser adaptado conforme as necessidades individuais de cada aluno, já que a intensidade e o tipo de estímulo sensorial variam de pessoa para pessoa. O objetivo é proporcionar um ambiente de calma e segurança, em que o estudante possa se autorregular e retomar suas atividades de forma equilibrada.

Além de oferecer suporte direto aos alunos, a proposta também incentiva a conscientização da comunidade escolar e da sociedade sobre a importância da inclusão e da acessibilidade.

“Quando a escola se adapta ao aluno, e não o contrário, todos ganham — o estudante, os educadores e a sociedade. É um avanço que reforça nosso compromisso com uma educação mais humana e inclusiva”, afirmou Rony Gabriel.

Com a aprovação unânime do plenário, o Projeto de Lei Legislativo nº 59/2025 segue agora para sanção do Poder Executivo.