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RS: No segundo trimestre, agronegócio totaliza saldo de 3,5 bilhões de dólares

O setor foi responsável por quase 70% das exportações do Estado no período

Por Redação O Sul Publicado em 11/08/2023 12:02 - Atualizado em 03/06/2024 13:49

As exportações do agronegócio do Rio Grande do Sul no segundo trimestre deste ano totalizaram US$ 3,54 bilhões, pouco abaixo (-0,9%) do valor registrado no mesmo período do ano passado, quando alcançaram US$ 3,57 bilhões.

Entre os principais destaques positivos do período, as exportações do complexo soja (total de US$ 1,38 bilhão; +23,7%) e do setor de fumo e seus produtos (US$ 471,24 milhões; +21,4%) tiveram as maiores altas. Os segmentos de produtos florestais (US$ 295,39 milhões; -35,4%) e de carnes (US$ 569,88 milhões; -21,4%) apresentaram as maiores quedas.

O agronegócio foi responsável por 69,3% das exportações totais do Estado no segundo trimestre. Mesmo com a redução no período de abril a junho, no acumulado dos seis primeiros meses de 2023, as exportações do setor registraram alta de 2,7%. No total, foram US$ 7,3 bilhões, o que representa 71,3% das vendas externas gaúchas no semestre. Sem considerar a inflação do período, o valor das exportações em 2023 foi o mais alto para um primeiro semestre desde 1997, quando teve início a série histórica.

Os dados constam no boletim Indicadores do Agronegócio do RS, divulgado nesta sexta-feira (11) pelo Departamento de Economia e Estatística da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão.

A soja em grão foi a principal responsável pelo aumento nas vendas do complexo soja no segundo trimestre, com alta de 94,3% no valor comercializado (total de US$ 755,87 milhões), compensando a queda do óleo de soja (total de US$ 149,05 milhões, -44,6%). No fumo e seus produtos, o principal artigo do segmento, o fumo não manufaturado, registrou elevação de 17,2% em valor (total de US$ 417,38 milhões).

Entre as baixas, no setor de carnes, a redução nas vendas de carne de frango (total de US$ 274,65 milhões; -35,7%) e de carne bovina (total de US$ 83,16 milhões; -25,2%) impactaram o resultado final. Entre os produtos florestais, o principal item do segmento – a celulose – registrou queda de 44,6% no valor exportado (total de US$ 179,08 milhões).

O setor de cereais, farinhas e preparações teve queda de 9,2% nas vendas no segundo trimestre (total de US$ 279,55 milhões). O destaque positivo foi para o aumento nas exportações de arroz (total de US$ 136,49 milhões; +115,9%). Houve ainda redução no comércio de trigo (total de US$ 70,63 milhões; -33,2%) e de milho (total de US$ 54,02 milhões; -53,4%).

Quanto aos principais compradores dos produtos do agronegócio gaúcho, a China segue no topo da lista, com uma fatia de 27,3% do comércio. O país asiático aumentou em US$ 169,4 milhões as aquisições do Rio Grande do Sul – alta de 21,2%. A União Europeia (15,9%), Estados Unidos (5,3%), Vietnã (5,1%) e Argentina (3,1%) completam o ranking dos cinco principais compradores do segundo trimestre.

Primeiro semestre de 2023

O recorde em vendas nos primeiros seis meses do ano foi puxado pelo complexo soja, que alcançou exportações de US$ 2,2 bilhões no período, alta de 15,5% em relação a 2022. Além da oleaginosa, o grupo de fumo e seus produtos (total de US$ 1,06 bilhão; +20,6%) e de máquinas e implementos agrícolas (US$ 308,01 milhões; +11,7%) também registraram aumento. Carnes (US$ 1,22 bilhão; -4,1%), cereais, farinhas e preparações (US$ 992,61 milhões; -8,5%), produtos florestais (US$ 721,64 milhões; -13,8%) e couros e peleteria (US$ 162,57 milhões; -19,5%) tiveram redução nos valores.

Entre produtos específicos do agronegócio gaúcho, a soja em grão apresentou a maior variação positiva em termos absolutos (mais US$ 331,65 milhões; +50,6%), seguida do fumo não manufaturado (mais US$ 158,55 milhões; +19,4%).

Na lista de principais destinos das exportações, a China representou 22,5% do total das compras do Rio Grande do Sul, seguida pela União Europeia (14,9%), Estados Unidos (5,7%), Vietnã (5,1%), Indonésia (4,7%) e Arábia Saudita (2,8%).

Emprego formal no agronegócio

Tradicional período de redução no saldo de postos de trabalho no campo, por conta da sazonalidade da produção agrícola, o segundo trimestre de 2023 registrou saldo negativo de 8.438 postos com carteira assinada no agronegócio no Rio Grande do Sul. Em 2022, o resultado havia sido negativo em 7.856 postos.

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