Agro
Safra da soja apresenta nova redução, diz Emater/RS-Ascar
O levantamento foi efetuado em 396 municípios e finalizado no sábado, dia 29
Nova avaliação da safra da soja divulgada pela Emater/RS-Ascar no Informativo Conjuntural desta quinta-feira (04/05) indica redução da produção e da produtividade da cultura e aponta os efeitos desiguais da estiagem nas diversas regiões do Estado. O levantamento foi efetuado em 396 municípios e finalizado no sábado (29/04).
No RS, a área cultivada com o grão é de 6.513.891 hectares. A produtividade inicialmente projetada era de 3.131 kg/ha, passando para 2.175 kg/ha em levantamento divulgado há cerca de dois meses (07/03), e tendo nova redução agora, sendo estimada em 1.923 kg/ha, o que representa uma queda de 38,58% em relação à inicial. Com isso, a produção da oleaginosa, na safra 2022/2023, deverá resultar em 12.525.882 toneladas, ou seja, redução de 39,09% na produção inicialmente estimada, que era de 20.563.989 toneladas.
A safra se aproxima mais da normalidade a Leste do RS, onde as perdas de produtividade foram inferiores a 5% na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul. Já a Oeste do Estado, como na região de Santa Rosa, onde os danos foram mais graves, as perdas estimadas atingem 67%.
A colheita evoluiu para 80% e está próxima da finalização em algumas regiões. As lavouras em maturação somam 17%, e ainda restam 3% em enchimento de grãos.
Após a colheita, os produtores realizam o manejo das lavouras de onde a soja foi retirada, especialmente a correção da acidez do solo e a semeadura de plantas de cobertura.
Milho – A nova avaliação da safra, efetuada em 456 municípios, manteve a produtividade, estimada em março, de 4.440 kg/ha, que apresentava redução 39,49% em relação à inicial, que era de 7.337 kg/ha. A área de cultivo no Estado está estimada em 810.380 hectares, e a produção em 3.597.897 toneladas de grãos. A área colhida alcançou 84%.
Milho silagem – A produtividade, projetada inicialmente em 37.857 kg/ha, foi reavaliada, em março, para 23.023 kg/ha. A nova avaliação, realizada em final de abril, em 423 municípios, indica produtividade de 20.000 kg/ha, ou seja, redução efetiva de 47,17%. Parte do volume perdido foi compensada pelas lavouras de milho inviáveis à produção de grãos. Contudo, o produto resultante é de qualidade inferior em decorrência das folhas e colmos ressecados e da baixa proporção de grãos na silagem, tornando o alimento menos nutricional.
Regionalmente, os danos têm grandes diferenças, condicionados pela distribuição e pelo acúmulo pluviométrico.
Arroz – A produtividade foi estimada em 7.744 kg/ha, o que consiste em uma expectativa de produção 5,86% menor do que os 8.226 kg/ha projetados no início do plantio. A proporção de lavouras colhidas evoluiu apenas 2%, alcançando 97% dos cultivos.
Feijão 1ª safra – A colheita está tecnicamente encerrada no Estado. A estimativa de produtividade é de 1.576 kg/ha, o que representa um decréscimo de 7,36% em relação à estimativa inicial.
Feijão 2ª safra – A área destinada ao cultivo é de 20.127 hectares. A estimativa de produtividade é de 1.376 kg/ha. A colheita atinge 30% dos cultivos.