Santa Catarina
SC cogita decretar situação de emergência em saúde para enfrentar crise hospitalar e dengue
Situação nos hospitais do Estado se agravou em função da dengue, sobretudo nas regiões de Joinville e da Grande Florianópolis
Em reuniões realizadas nesta segunda-feira (27), o governador Jorginho Mello (PL) expôs o momento crítico na área da saúde e dos hospitais públicos em Santa Catarina.
De manhã, o governador se reuniu com representantes da Alesc (Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina), Tribunal de Justiça de Santa Catarina e do Ministério Público de Santa Catarina, e à tarde, com representantes das empresas de comunicação catarinenses.
A intenção do governador é elaborar um decreto de emergência em saúde, solicitando um repasse de cerca de R$ 300 milhões do governo federal, para o combate à dengue, entretanto, ainda não definiu quando.
A dengue já fez duas vítimas em Santa Catarina e intensificou os desafios da saúde no Estado, principalmente na Grande Florianópolis e em Joinville, as regiões que mais preocupam o governo. Decretando situação de emergência, é possível reduzir as burocracias para enfrentar a crise e obter recursos de Brasília com mais facilidade.
Em entrevista à NDTV, a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, afirmou que o governo tem trabalhado intensamente com os municípios, principalmente onde a situação está mais crítica, para resolver a questão. Segundo ela, as ações ocorrem em várias frentes:
“O Estado vai cofinanciar a ampliação dos horários das unidades básicas de saúde e do quadro de profissionais nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), para desafogar as emergências dos hospitais, porque na porta deles, temos outros casos que exigem o atendimento nas emergências”.
O Estado receberá nesta semana, segundo a secretária, técnicos do Ministério da Saúde que trabalham no manejo clínico dos casos suspeitos de dengue.
“Temos hospitais, em especial na Grande Florianópolis e Joinville, que mais do que dobrou o número de pessoas procurando as emergências e o tempo médio têm ultrapassado seis horas entre a chegada, o atendimento e a coleta do material para exame. Isso acaba tumultuando em função do tempo que os pacientes ficam nas emergências”.