Sebrae RS mobiliza entidades para mapear impactos do granizo sobre micro e pequenas empresas de Erechim

Fase 1 do projeto concentra esforços no levantamento de necessidades e diagnóstico dos negócios atingidos.

Por Maria Lúcia Carraro Smaniotto Publicado em há 4 horas

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Rio Grande do Sul (Sebrae RS) iniciou, em Erechim, a primeira fase de um projeto voltado ao apoio às micro e pequenas empresas impactadas pela recente chuva de granizo registrada no município. A iniciativa é apresentada pela gerente Regional Norte do Sebrae RS, Silvana Conterato Berguemmaier, e conta com a participação de diversas entidades empresariais, cooperativas de crédito e do poder público local.

Integram a mobilização o Sindilojas Alto Uruguai, ACCIE, CDL Erechim, Sindivest, Unindústria, Coder, Sindicato Rural a Prefeitura de Erechim, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, além das cooperativas Sicredi UniEstados, Cresol e Sicoob Crediauc, que atuam como parceiras na divulgação e no apoio institucional à ação. 

DIAGNÓSTICO COMO PONTO DE PARTIDA

Nesta primeira etapa, o foco está exclusivamente no levantamento de necessidades das empresas atingidas, por meio de um formulário diagnóstico elaborado pelo Sebrae. O objetivo é obter dados mais precisos sobre a extensão dos impactos causados pelo granizo, identificar os setores mais afetados e compreender o nível de perdas enfrentadas pelos empreendedores locais.

Segundo Silvana Berguemmaier, a proposta nasce da necessidade de dar voz às micro e pequenas empresas em um cenário de emergência. “O objetivo dessa mobilização é entender, com dados concretos, qual foi o impacto real sobre os pequenos negócios. Hoje, não há números precisos sobre quantas empresas foram atingidas. Esse levantamento é fundamental para que possamos planejar ações efetivas de apoio”, explicou a gerente regional .

APOIO DIRECIONADO AO PEQUENO NEGÓCIO

A partir das informações coletadas, o Sebrae pretende estruturar encaminhamentos alinhados à sua atuação institucional, voltada prioritariamente ao fortalecimento dos pequenos negócios. As empresas que responderem ao diagnóstico serão contatadas a partir de janeiro de 2026 para uma conversa individualizada, na qual será avaliado o tipo de apoio mais adequado a cada realidade. “O Sebrae atua no que é o sua missão: apoiar o empreendedor e a micro e pequena empresa. Quem preencher o levantamento de necessidades receberá contato da nossa equipe, e, a partir do que for relatado, faremos o direcionamento para ações de reorganização do negócio”, afirmou Silvana 

ATUAÇÃO CONJUNTA E ARTICULAÇÃO LOCAL

A construção do projeto envolve uma articulação ampla com entidades representativas e instituições que mantêm relação direta com o setor produtivo local. A proposta é que, além de subsidiar ações do próprio Sebrae, os dados levantados possam ser compartilhados com as entidades parceiras e com o município, fortalecendo estratégias conjuntas de apoio e reconstrução econômica. “Buscamos parceiros que representam o empresariado local. Essa conexão é essencial para ampliar o alcance da mobilização e garantir que a informação chegue a quem realmente precisa”, destacou a gerente regional.

DIVULGAÇÃO RESTRITA À FASE INICIAL

Neste momento, o Sebrae e as entidades parceiras optaram por divulgar apenas a fase 1 do projeto, concentrada no diagnóstico e no mapeamento das necessidades. Outras etapas, que envolvem ações mais específicas de apoio, serão avaliadas posteriormente, com base nos dados coletados e na capacidade operacional do programa.

O levantamento permanece aberto até o final de dezembro e é considerado uma etapa estratégica para orientar as próximas decisões. “Quanto maior o número de empresas que responderem, mais qualificada será a nossa atuação. Esse é um chamado para que os empreendedores participem, registrem sua realidade e contribuam para a construção de soluções efetivas”, concluiu Silvana Berguemmaier.