Saúde

Secretaria Estadual da Saúde começa a implantar novas estratégias de controle do mosquito Aedes aegypti

Estado registrou em 2022, até o momento, 65.290 casos confirmados de dengue e 66 óbitos provocados pela doença, a maior incidência da série histórica desde 2011, quando começou o levantamento.

Por Ascom SES Publicado em 19/10/2022 12:09 - Atualizado em 31/07/2024 09:20

A Secretaria da Saúde (SES) selecionou os municípios onde iniciará a aplicação de novas estratégias no combate à dengue e a outras arboviroses no Rio Grande do Sul. O assunto foi tratado, nesta terça-feira (18/10), em reunião entre a pasta e representantes do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems/RS), da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e do Ministério da Saúde, com transmissão pelo canal da SES no Youtube para gestores das Coordenadorias Reginais de Saúde (CRSs) e municípios.

O Estado registrou em 2022, até o momento, 65.290 casos confirmados de dengue e 66 óbitos provocados pela doença, a maior incidência da série histórica desde 2011, quando começou o levantamento. De acordo com a secretária da Saúde, Arita Bergmann, o número de casos aumentou “assustadoramente”.

Do ano passado, período que havia registrado recorde de casos confirmados da doença, para este ano, verifica-se uma incidência 7,5 vezes maior. Dos 497 municípios gaúchos, foi constatada a presença do mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, zika e chikungunya, em 453.

A diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Tani Ranieri, usou o mês de setembro, quando não costuma acontecer grande circulação da doença, para exemplificar a gravidade da situação. Em 2021, o Estado registrou quatro casos nesse mês; em 2022, foram 51. “Isso significa que a tendência é termos um grande pico no período do verão, por isso é tão importante tomarmos as medidas de prevenção antes do período de maior ocorrência da doença que, no Rio Grande do sul, ocorre a partir de janeiro”, explicou.

Novas tecnologias

Para qualificar as ações de controle e monitoramento do mosquito Aedes aegypti, a SES desenvolveu dois projetos que começam a ser implantados neste segundo semestre de 2022, em parceria com o Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Ovitrampas são armadilhas que monitoram a presença do Aedes aegyti em determinadas regiões, que usa levedo de cerveja para atrair a fêmea do mosquito. Elas serão utilizadas para mapear as áreas de maior risco e intensificar demais ações de prevenção nessas áreas.

E a Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI-Aedes) trata-se da aplicação de inseticida com efeito residual dentro dos domicílios ou de locais que podem ser considerados estratégicos ou de maior risco, a fim de eliminar as formas aladas do mosquito. A estratégia é complementar às medidas de controle da proliferação do Aedes aegypti.

Municípios selecionados para receber Ovitrampas

  • Bento Gonçalves
  • Campo Bom
  • Estância Velha
  • Farroupilha
  • Igrejinha
  • Lajeado
  • Lindolfo Collor
  • Montenegro
  • Nova Hartz
  • Nova Petrópolis
  • Nova Santa Rita
  • Parobé
  • Santo Ângelo
  • São Marcos
  • Sapiranga
  • Sapucaia do Sul
  • Três Coroas
  • Triunfo
  • Vacaria
  • Venâncio Aires

Municípios selecionados para receber BRI-Aedes

  • Jaboticaba
  • Rondinha
  • Tucunduva

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