Segurança nas escolas: Reforço no controle de acesso nas escolas estaduais depende de orientação da Seduc

Diante da tragédia registrada na cidade de Saudades, no estado de Santa Catarina, nesta terça-feira, 04, quando um jovem de 18 anos entrou armado em uma creche e matou três crianças e duas professoras, muitos questionamentos surgiram a respeito da segurança nas escolas de Erechim.

É importante ressaltar que não há registro de qualquer anormalidade que tenha colocado em risco alunos nas escolas do município, inclusive a polícia de Santa Catarina desmentiu um áudio que passou a circular através de aplicativos de mensagens alertando que outros ataques a escolas poderiam ocorrer depois do fato em Saudades.

O fato de maior repercussão no norte do estado, relacionado a segurança nas escolas ocorreu em 2019 quando um policial militar aposentado invadiu uma escola estadual em Passo Fundo, algemou um estudante e agrediu o mesmo pelo fato de que o jovem teria brigado com o seu filho – também aluno do colégio, demonstrando que as escolas poderiam estar vulneráveis a ataques.

A 15ª Coordenadoria Regional de Educação informou a reportagem do Portal AU Online durante a manhã desta quarta-feira, 05, que as escolas Estaduais não possuem um sistema de segurança contratado pelo Estado. A Coordenadora da 15 CRE, Juliane Bonez explicou que os próprios servidores fazem o controle de acesso nas escolas. “Dentro do quadro de funcionários da escola, a equipe diretiva faz sua organização para receber os estudantes e as pessoas. Normalmente sempre tem alguém de olho ou a porta fica fechada, mas não tem um sistema de segurança armada com empresa contratada”, disse a coordenadora que afirmou ainda que até o momento a prática tem sido eficaz.

A 15ª Coordenadoria informou também que não possui autonomia para estabelecer novas determinações para reforço do controle de acesso na escolas e que a Secretaria Estadual de Educação não orientou nada neste sentido.