Saúde
SES confirma oficialmente o primeiro caso de varíola dos macacos no RS
O caso gaúcho tem como paciente um homem que mora em Portugal e está em Porto Alegre por motivo de viagem.
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) recebeu neste domingo (12), a confirmação do primeiro caso da varíola dos macacos no Rio Grande do Sul. Este é o terceiro resultado positivo da doença no Brasil, os outros dois foram registrados em São Paulo. O caso, que estava em monitoramento desde o dia 27 de maio, trata-se de um homem que encontra-se em viagem a Porto Alegre.
O homem procurou atendimento médico no último dia 19 e novamente no dia 23 de maio. Paciente desconhece contato com pessoas em Portugal que sejam confirmadas ou suspeitas para a doença varíola do macaco até o presente momento e relata melhora parcial das queixas citadas com tratamento instituído. O paciente está evoluindo bem e segue em isolamento em domicílio junto com os seus contatos e está sendo monitorado pela Secretaria de Saúde do Estado.
As medidas de controle foram adotadas de imediato, como isolamento e rastreamento de contatos em voo internacional com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Ao total o Brasil possui três casos confirmados, sendo dois em São Paulo e um no Rio Grande do Sul. Estão em investigação seis casos suspeitos. Todos seguem em isolados e em monitoramento.
Varíola dos macacos
Recentemente, casos de infecção do vírus têm sido relatados em Portugal, Espanha, Inglaterra e Estados Unidos. Até pouco tempo, todos casos fora da África eram casos importados de viajantes recentes à República Democrática do Congo ou à Nigéria. Os casos reportados em maio de 2022 são os primeiros casos autóctones, cuja via de transmissão ainda não se tem estabelecida ao certo.
O Monkeypox virus, embora seja conhecido por causar a “varíola do macaco” ou “varíola símia”, é um vírus que infecta roedores na África, e macacos são provavelmente hospedeiros acidentais, assim como o homem. A infecção possui sintomas bem similares à varíola humana, porém com baixas taxas de transmissão e de letalidade.
Sobre a doença
Sua transmissão ocorre por meio de contato direto com pessoa infectada que apresente lesões na pele, ou então através de gotículas de saliva.
Sintomas
Os sintomas iniciais são semelhantes aos da gripe, como febre, calafrios, exaustão, dor de cabeça e fraqueza muscular, seguidos de inchaço nos gânglios linfáticos, que ajudam o corpo a combater infecções e doenças. Depois pode evoluir para erupção cutânea com bolhas no rosto, mãos, pés e genitais, além de febre, falta de energia, dores de cabeça e musculares.