Segurança
Sindicato prepara mobilização dos policiais civis em março
Paralisações pontuais não são descartadas. Entidade de classe quer abertura de negociação com governo para repor perdas salariais
A Ugeirm Sindicato, que representa os policiais civis, prepara uma intensa mobilização de rua para o mês de março. Paralisações pontuais não são descartadas. “Após completar três anos sem nenhuma reposição salarial e enfrentar o maior déficit de pessoal da sua história, a categoria chegou ao seu limite”, anunciou a entidade de classe em nota oficial.
“A insatisfação dos (as) policiais civis é generalizada. Além dos problemas já crônicos, como a falta de pessoal, a categoria vem, a cada mês, vendo o seu poder de compra ser reduzido de forma acentuada”, acrescentou.
“Além da perda do poder aquisitivo, os policiais civis enfrentam outros problemas. Um exemplo foi a dificuldade em completar o quadro da Polícia Civil para a Operação Verão 2022. Em anos anteriores, havia disputa por uma vaga na operação que garante a segurança dos banhistas nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro”, informou.
“Apesar dos salários congelados há mais de três anos, os (as) policiais civis têm contribuído para que o estado registre recordes sucessivos na queda dos índices de violência. Desde 2018, o trabalho das forças policiais do estado foi responsável por evitar mais de 2.000 homicídios”, frisou a Ugeirm Sindicato.
O vice-presidente da entidade de classe, Fábio Castro, destacou que o governo “tem todo o direito de propagandear a queda nos índices de violência, inclusive é louvável os elogios feitos aos profissionais da segurança pública”. Porém, observou o sindicalista, “esse reconhecimento deveria se manifestar através de medidas concretas, como a abertura de negociação com a Ugeirm”.
Já o presidente da Ugeirm Sindicato, Isaac Ortiz, lembrou que já foi encaminhado “um pedido de abertura de negociação ao governo e, até agora, não recebeu resposta”. Para o dirigente, a categoria já chegou ao limite. “Vamos sair às ruas para dialogar com a população, mostrando a verdadeira face da segurança pública do Estado: salários congelados há mais de três anos e um contingente de pouco mais da metade do mínimo necessário.
"Nossa mobilização é, antes de mais nada, um alerta para a população: todos os avanços conseguidos na área da segurança pública podem ser jogados por terra abaixo, resultado da intransigência do governo em abrir uma mesa de negociação com os policiais civis”, concluiu Isaac Ortiz.