SUS vai oferecer implante contraceptivo de longa duração a partir do segundo semestre

Método subdérmico Implanon terá distribuição gratuita; eficácia de até três anos e investimento previsto de R$ 245 milhões pelo Ministério da Saúde.

Por Redação/agencia brasil Publicado em há 6 horas

O Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer gratuitamente o implante contraceptivo Implanon, método de longa duração e alta eficácia que atua no organismo por até três anos. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (2) durante reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), ligada ao Ministério da Saúde.

Segundo a pasta, o Implanon é considerado vantajoso por dispensar uso contínuo e garantir maior segurança no planejamento reprodutivo. Atualmente, entre os métodos oferecidos pelo SUS, apenas o DIU de cobre era classificado como LARC — contraceptivo reversível de longa duração.

A implantação e retirada do Implanon devem ser realizadas por médicos ou enfermeiros capacitados. Por isso, o governo federal também prevê estratégias de capacitação prática e teórica desses profissionais.

A expectativa é que o dispositivo esteja disponível nas unidades básicas de saúde (UBSs) ainda no segundo semestre. A distribuição inicial será de 1,8 milhão de unidades, sendo 500 mil ainda em 2025. O investimento total é estimado em R$ 245 milhões — cada unidade do implante custa hoje entre R$ 2 mil e R$ 4 mil.

A portaria que oficializa a incorporação deve ser publicada nos próximos dias. Após isso, o Ministério da Saúde terá 180 dias para iniciar a oferta, incluindo etapas como aquisição dos insumos, atualização de diretrizes clínicas e logística de distribuição.

Confira, a seguir, os métodos contraceptivos disponíveis no SUS:

  • preservativos externo e interno;
  • DIU de cobre;
  • anticoncepcional oral combinado;
  • pílula oral de progestagênio;
  • injetáveis hormonais mensal e trimestral;
  • laqueadura tubária bilateral;
  • vasectomia.

A pasta alertou que, entre todos contraceptivos disponíveis na rede pública, apenas os preservativos oferecem proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).