O suspeito de desferir diversos golpes de faca em Ingra de Vargas se apresentou à Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) na tarde desta quinta-feira, dia 06. O crime aconteceu na noite da última terça-feira, dia 04, na Rua do Comércio, centro de Concórdia.
Conforme informações, ele se apresentou com o advogado dois dias depois do acontecimento. Com isso, passou o tempo de flagrância e a tendência é que o depoimento dele tenha sido colhido. Um inquérito do feminicídio foi aberto e é presidido pela delegada Ediana Grenzel Person. Ele não está livre, mas não significa que responderá pelo crime em liberdade conforme Ediana.
A delegada conversou com populares em frente à delegacia. Um pedido de uma prisão preventiva ou temporário deverá ser feito, mas para isso é necessário reunir elementos para serem apresentados ao juiz, que vai expedir ou não a ordem. Entre estes elementos, quem de fato é o provável autor e a circunstância do crime.
Aos populares, ela explicou que não pode dar mais detalhes pois as informações podem atrapalhar as investigações e também por conta da legislação, que não permite. Ela também pediu que eles acreditem no trabalho que a polícia está fazendo.
Ingra recebeu mais de 20 facadas na noite da terça-feira, na Rua Marechal Deodoro, centro de Concórdia. A situação era bastante grave e ela foi conduzida com urgência ao Hospital São Francisco. Agora, ela segue internada na Unidade de Terapia Intensiva. Apesar de greve, situação é estável.
No início da noite, cerca de 100 pessoas estiveram e frente a delegacia da mulher para acompanhar os desdobramentos. A vítima, Ingra Ohana de Vargas, permanece internada no Hospital São Francisco.
Um grupo de pessoas realizou na tarde desta quarta-feira, dia 05, no centro de Concórdia, um ato de protesto contra a agressão a mulheres. No ato, com cartazes, elas cobram o fim da violência contra a mulher e relatam que agressão não é amor. Durante o protesto, ocorre também uma corrente de oração pela melhora da vítima e ainda um discurso das participantes do movimento, que se concentra na Rua Dr. Maruri. O grupo utilizam a via quando o semáforo fecha para veículos.