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Clima

Tsunami meteorológico atinge praia de Laguna, em SC

Grandes ondas atingiram a orla da região do Farol de Santa Marta.

CP/Metsul
por  CP/Metsul
11/11/2023 20:40 – atualizado há 40 segundos
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Um tsunami meteorológico atingiu Laguna, em Santa Catarina, causando prejuízos e assustando os moradores que estavam na praia. Grandes ondas atingiram a orla da região do Farol de Santa Marta.

As ondas gigantes arrastaram vários veículos estacionados na praia para o mar, causando prejuízos e assustando os banhistas na praia do Cardoso. Felizmente, não houve feridos. A publicação é da Metsul.

Devido à falta de um swell que causasse grandes ondas, como aconteceu no início da semana com um ciclone extratropical na costa, o avanço do mar foi rápido. Os banhistas foram surpreendidos pela súbita violência das águas, que estavam relativamente calmas.

O meteotsunami que atingiu Laguna foi resultado de uma frente de rajada com temporais que se deslocou do Nordeste e Leste do Rio Grande do Sul para o Sul de Santa Catarina. Após horas de intenso calor na região, ocorreram chuvas e temporais com ventos fortes.

A frente de rajada estava presente tanto sobre o mar quanto sobre o continente, resultando em ventos fortes a intensos e uma brusca variação na pressão atmosférica. Essas condições se refletiram nas condições do mar na praia catarinense.

O QUE É UM METEOTSUNAMI?

Todos nós já ouvimos falar de tsunamis, as ondas oceânicas gigantescas desencadeadas principalmente por terremotos que podem atingir a costa, causando perda de vidas e desastres. Ocorre que existem também os chamados meteotsunamis, cuja origem não está em terremotos e sim em fenômenos meteorológicos. 

Meteotsunamis são ondas grandes que os cientistas estão apenas começando a compreender melhor. Ao contrário dos tsunamis desencadeados por atividades sísmicas, os meteotsunamis são provocados por perturbações da pressão atmosférica, frequentemente associadas a eventos meteorológicos rápidos, como tempestades severas, frentes de rajadas e outras frentes de tempestade. 

De acordo com a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos, a NOAA, a tempestade gera uma onda que se move em direção à costa e é amplificada por uma plataforma continental rasa e uma entrada, baía ou outra característica costeira. Estes tsunamis meteorológicos podem gerar ondas de até dois metros ou mais. 

Este tipo de fenômeno já foi documentado em muitos lugares ao redor do mundo, como os Grandes Lagos, o Golfo do México, a Costa Atlântica dos Estados Unidos e os Mares Mediterrâneo e Adriático. Há precedentes de meteotsunamis tanto no Rio Grande do Sul como em Santa Catarina nos últimos anos.

O QUE CAUSOU O TSUNAMI METEOROLÓGICO?


Áreas de instabilidade intensas avançaram como uma frente de rajada, trazendo chuva e vento forte para o Sul de Santa Catarina no final da tarde deste sábado. As rajadas atingiram 73 km/h no Farol de Santa Marta, mas em mar aberto na costa, provavelmente foram ainda mais fortes para gerar as ondas.

Nas horas precedentes ao temporal em Laguna, o vento já tinha sido forte na região com rajadas perto de 80 km/h pela atuação de uma corrente de jato em baixos níveis, mas a direção do vento era oposta, de Noroeste, o que trouxe muito calor.


O temporal foi favorecido por ar muito quente e o deslocamento de uma frente fria a partir do Leste gaúcho. A temperatura máxima na estação do Instituto Nacional de Meteorologia em Urussanga chegou a 40,3ºC neste sábado. Estações da Epagri indicaram máximas entre 35ºC e 39ºC em vários municípios do Oeste, Meio-Oeste e o Sul catarinense neste sábado.

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