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Segurança

Vídeo: Gaúchos da fronteira temem novos incêndios com avanço de focos da Argentina

Mais de 800 mil hectares já foram dizimados na província de Corrientes. No domingo o fogo chegou a São Borja.

JC/RS
por  JC/RS
21/02/2022 19:27 – atualizado há 1 ano
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Não bastasse os prejuízos que a estiagem tem representado para o agronegócio, outra ameaça chega com força aos campos do Rio Grande do Sul. A falta de chuva combinada aos incêndios de grande proporção que têm atingido a fronteira da Argentina com o Estado colocam os municípios da Fronteira Oeste em alerta total.

No domingo (20), a cidade de São Borja foi atingida pelo fogo, que se alastrou entre os dois trevos de acesso à cidade e chegou perto da área urbana, ao longo da BR-472. “O vento norte agravou a situação e fez com que as chamas se espalhassem”, relata o prefeito de São Borja, Eduardo Bonotto, ao informar que foram atingidas quatro carretas de uma empresa de transportes e também equipamentos - como tratores - de uma propriedade.

Graças à mobilização do Corpo de Bombeiros, com a ajuda da comunidade, empresas, Polícia Rodoviária Federal, Exército, Brigada Militar e da prefeitura, o fogo foi controlado no fim do dia. “Também foi fundamental a ajuda das empresas de aviação agrícola e dos pilotos que responderam ao nosso chamado e se dispuseram a ajudar no combate às chamas”, ressalta Bonotto, que também é presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).

No caso de São Borja, além do enfrentamento aos focos de incêndio, o município precisa lidar também com os reflexos dos estragos no país vizinho. A fumaça das queimadas faz com a fuligem chegue aos municípios da fronteira, cobrindo carros e residências. A população tem reclamado de efeitos como a piora da qualidade do ar e também ardência nos olhos.

Mais de 800 mil hectares já foram dizimados na província de Corrientes, informa Bonotto. Segundo o prefeito, o fogo vem se alastrando rapidamente em função da peculiaridade da província argentina, formada por grandes áreas de densa vegetação – que estão secas em função da estiagem – e por plantações de pinus e eucaliptos, espécies que contêm uma resina natural que serve de combustível para espalhar o fogo.

Desde sábado, efetivos e equipamentos cedidos pelos municípios gaúchos de Santa Cruz do Sul, Canoas, Santo Ângelo e São Luiz Gonzaga estão em São Tomé – cidade mais atingida pelos incêndios – para ajudar o combate ao fogo. A ajuda veio em resposta ao pedido formalizado por Bonotto na sexta-feira passada (18) junto aos governos federal e estadual com base no apelo que recebeu do intendente de Santo Tomé, José Augusto Suaid Cortes, e do governador de Corrientes, Gustavo Valdés.

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