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Vítimas de Dal Agnol não serão indenizadas agora com venda de bens do advogado

O Poder Judiciário definiu que primeiro serão pagos os débitos com a União e depois as vítimas do advogado.

Por Rádio Uirapuru Publicado em 22/07/2022 22:00 - Atualizado em 31/07/2024 09:20

Nesta semana aconteceu mais uma rodada de leilões de mais um grupo de 17 lotes de bens pertencentes ao ex-advogado Maurício Dal Agnol. Foram arrecadados mais de R$ 20 milhões em 15 lotes vendidos, a maioria pela metade do preço de avaliação. Metade do valor será para pagar impostos e a outra metade para a justiça do Estado direcionar às vítimas. Um novo leilão deve ocorrer em 27 de setembro, com potencial para arrecadar 107 milhões de reais, diz publicação da Rádio Uirapuru.

De acordo com a advogada da associação de vítimas de Maurício Dal Agnol, Ana Carolina Reschke, a situação do processo está avançando com a execução dos leilões e a venda do patrimônio para pagar os débitos do advogado. No entanto, algumas questões ainda precisam ser resolvidas em paralelo, por isso as vítimas não devem receber o dinheiro de forma imediata. Os leilões vem ocorrendo na Justiça Federal para quitar os débitos tributários com a união de forma prioritária. A dívida em impostos é de aproximadamente R$ 54 milhões. Isso já estava previsto desde 2014, com a prisão de Dal Agnol.

Conforme Ana Carolina, a associação das vítimas foi criada para garantir que os lesados pelo advogado recebam os valores que tem direito. A advogada defende que as pessoas que foram enganadas por Dal Agnol deveriam ser os primeiros a receber os recursos arrecadados com os leilões. Ela classifica como insensibilidade do Poder Judiciário ter definido que primeiro os débitos com a União serão pagos e depois as vítimas, sendo que a grande maioria são idosos e alguns já faleceram sem receber o recurso.

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