Saúde

Adolescentes imunossuprimidos vão receber duas doses extras de vacina contra Covid-19

O ministério prevê uma dose adicional ao esquema primário, além de um reforço a ser administrado a partir de quatro meses da última aplicação

Por Rádio Guaiba Publicado em 10/02/2022 16:42 - Atualizado em 03/06/2024 11:06

Os adolescentes com baixa imunidade estão incluídos no público-alvo para receber duas doses extras da vacina contra a Covid-19. A nota com a atualização foi publicada pelo Ministério da Saúde. Segundo Marcelo Queiroga, há vacinas suficientes para garantir a ampliação da campanha.

“Os adolescentes imunocomprometidos são um grupo muito reduzido e não têm um impacto tão grande em relação ao desfecho da pandemia”, afirmou Queiroga, nesta quinta-feira, em conversa com jornalistas na sede do ministério.

A nova orientação da pasta é destinada para a faixa etária a partir de 12 anos. O ministério prevê uma dose adicional ao esquema primário, além de um reforço a ser administrado a partir de quatro meses da última aplicação. “Adolescentes imunocomprometidos deverão receber obrigatoriamente o imunizante Pfizer”, detalha a nota técnica.

Em suma, as quatro doses a serem administradas nos adolescentes imunocomprometidos são as da Pfizer, única vacina autorizada para a imunização desse grupo. São consideradas pessoas imunossuprimidas aquelas que possuem imunodeficiência primária grave, realizam quimioterapia para câncer, são transplantadas, possuem HIV/AIDS ou realizam hemodiálise.

A quarta dose para a população em geral ainda não é avaliada pelo ministério, apesar do tema ser motivo de debate na Secovid (Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19). “Essa ansiedade em querer aplicar a quarta dose sem evidência científica não ajuda no enfrentamento à pandemia”, destacou Queiroga, afirmando que a prioridade é impulsionar a população a completar o esquema vacinal e tomar a dose de reforço.

Gestores locais já indicam a incorporação de uma quarta dose para toda a população, independentemente do que decidir o Ministério da Saúde. É o caso do estado de São Paulo e da cidade do Rio de Janeiro. Queiroga avaliou a novidade como mais uma interferência em decisões que estão no escopo federal, mas disse não temer um movimento coordenado nesse sentido por parte de outros governadores, já que cabe ao governo federal distribuir novas doses.

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