SEGURANÇA
Atirador de Novo Hamburgo foi morto por militares, afirma a polícia
Edson Fernando Crippa de 45 anos tinha esquizofrenia e matou o pai, o irmão e um policial. Outras nove pessoas ficaram feridas.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP), por meio da Brigada Militar (BM), da Polícia Civil (PC) e do Instituto-Geral de Perícias (IGP), realizou esclarecimentos sobre a ocorrência de disparos de arma de fogo em Novo Hamburgo, iniciada na noite de terça-feira (22/10).
Após ser acionada pelo número 190 em razão de uma agressão familiar, a BM chegou ao local e foi alvejada com disparos de arma de fogo por um homem de 45 anos. O ataque resultou na morte do pai e do irmão do atirador, além do policial militar Everton Kirsch Júnior, de 31 anos. No começo da manhã desta quarta-feira (23/10), o atirador foi encontrado morto dentro de casa. A troca de tiros resultou em nove feridos, entre familiares, policiais militares e um guarda municipal.
Durante coletiva de imprensa nesta quarta, realizada no 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Novo Hamburgo, o secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, destacou a atuação rápida das forças de segurança durante a ocorrência. “Toda a sociedade está de luto. Acabamos perdendo um herói, o soldado Éverton. Tivemos mais seis integrantes da Brigada baleados, sendo que dois estão em estado grave”, disse.
O comandante-geral da BM, coronel Cláudio Feoli, lamentou a morte do policial, que deixa esposa e um filho de 45 dias. “Após uma quantidade significativa de disparos, foi acionado o Batalhão de Operações Especiais [Bope] e o Comando de Polícia de Choque. O criminoso portava duas pistolas, duas espingardas, farta munição e carregadores. Foram realizadas três incursões do Bope para socorrer as vítimas, que eram os militares e os familiares”, explicou.
O chefe de PC, delegado Fernando Sodré, deslocou a equipe do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa e a Delegacia Regional de São Leopoldo, que realizaram uma apuração preliminar dos fatos. O atirador, que disparou contra a família, não apresentava antecedentes criminais e tinha registro de armas. Sodré destacou os registros de internação por esquizofrenia. “Estamos colhendo depoimentos, mas tudo indica comportamento agressivo com os pais e problemas familiares”, ressaltou.
Mais cedo, o governador Eduardo Leite lamentou o ocorrido. "O soldado Everton, com apenas 31 anos, deu sua vida para proteger a sociedade gaúcha. Ele era esposo, pai de um bebê de 45 dias e, acima de tudo, um herói. Que sua coragem e dedicação nunca sejam esquecidas", disse. "Meus sentimentos à família e o desejo de rápida recuperação aos feridos."
Também estiveram presentes na coletiva de imprensa o comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio dos Sinos (CRPO-VRS), coronel Luís Felipe Moreira, o comandante do 3º BPM, Alexandre Famoso, e a diretora-geral do IGP, Marguet Mittmann.