Rio Grande do Sul
Aumenta o número de cidades gaúchas em situação de emergência
Cerca de 253 mil propriedades, de 9,6 mil localidades, sofrem com algum tipo de perda
Subiu para 347, nesta segunda-feira, o número de municípios que decretaram situação de emergência em virtude da falta de chuvas no Rio Grande do Sul. Os documentos mais recentes vieram das prefeituras de Floriano Peixoto, Muliterno, Panambi, Quinze de Novembro e Três Palmeiras. Mais sete cidades podem fazer o mesmo, já que enviaram relatórios preliminares de perdas à Defesa Civil estadual. As 354 afetadas correspondem a 71% do total. Até o momento, 209 decretos foram homologados pelo governo gaúcho e 142 reconhecidos pelo governo federal.
Cerca de 253 mil propriedades, de 9,6 mil localidades, sofrem com algum tipo de perda, segundo o boletim “Efeito da estiagem nas principais atividades agrícolas”, atualizado pela Emater/RS-Ascar. O levantamento também mostra que aumentou para 22 mil o número de famílias sem acesso à água. Além disso, 92,8 mil produtores de milho e 82,4 mil produtores de soja tiveram prejuízo.
Nesta segunda-feira, representantes das Federações dos Trabalhadores na Agricultura (Fetags) da Região Sul e da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) reuniram-se com secretários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para solicitar medidas de socorro aos agricultores afetados pela estiagem.
Entre os pedidos encaminhados no encontro, que ocorreu de forma online, a renegociação de dívidas de crédito rural, com prorrogação do vencimento dos financiamentos por até 180 dias, bônus de adimplência e repactuação dos valores com prazo de 10 anos.
Segundo o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, o governo federal sinalizou que está buscando recursos para atender ao setor. “A esperança é que até o fim da semana tenha algum tipo de anúncio”, disse ele.