Economia

Bolsonaro entrega medida provisória para privatização da Eletrobras

Texto tem validade imediata e autoriza estudos para desestatização.

Por Agência Brasil Publicado em 23/02/2021 22:32 - Atualizado em 03/06/2024 09:49

Acompanhado do ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro entregou pessoalmente, nesta terça-feira, a medida provisória que trata da privatização da Eletrobras. Bolsonaro foi até o Congresso, onde entregou o texto aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Presidente frisou intenção de acelerar privatizações | Foto: Alan Santos / PR / Divulgação CP

A Eletrobras confirmou que recebeu ofício do Ministério de Minas e Energia (MME) sobre a edição da MP. Segundo a companhia, o texto tem algumas mudanças em relação ao Projeto de Lei que estava em trâmite no Congresso. Entre elas, está a criação de ação preferencial de classe especial, conhecida como golden share, a ser detida pela União. Ou seja, o governo deve manter poder de veto sobre as decisões da estatal.

Os cálculos feitos pelo MME chegaram a um valor de outorga a ser pago na privatização de R$ 61,25 bilhões.

Concessão de hidrelétrica

Também está prevista a prorrogação por 30 anos da concessão da hidrelétrica de Tucuruí, operada pela Eletronorte, que atualmente está no regime de produtor independente.

A MP prevê ainda aporte de R$ 230 milhões em 10 anos para revitalização de bacias hidrográficas de influência de Furnas, no caso dos contratos afetados pela MP. Há também a previsão de R$ 3,5 bilhões em 10 anos para a bacia do Rio São Francisco, que já estava previsto no PL.

Outra mudança da medida provisória é a nova divisão de receita entre a União e a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), por meio de pagamento de quotas anuais em 30 anos.

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