Economia

Central Térmica Uruguaiana volta a gerar energia na Fronteira-Oeste

Potência máxima deverá chegar a 640 MW ao longo dos próximos meses

Por Jornal do Comércio/RS Publicado em 14/02/2021 19:11 - Atualizado em 31/07/2024 09:20

A Central Térmica Uruguaiana (ex-AES Uruguaiana) voltou a gerar energia neste sábado (14), inicialmente com 250 MW, e a potência máxima deverá chegar a 640 MW, ao longo dos próximos meses. A unidade pertence à argentina Saesa Energia e o retorno da operação foi acompanhado pela presidente companhia, Juan Bosch, pelo presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Reativação da Termo Uruguaiana, deputado Frederico Antunes, e pelo secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos.

"O retorno dos trabalhos na usina é muito importante para o Estado e o município, pois significa o aumento na arrecadação de impostos. A antiga proprietária da usina (AES) chegou a trazer gás liquido de navios de várias regiões do mundo que ancoravam em Buenos Aires e vinham até Uruguaiana por gasodutos, em uma operação muito cara", recorda Antunes.

A linha sai de Uruguaiana e percorre cerca de 270 quilômetros até Garruchos, onde fica a estação conversora da usina e que tem como insumo principal o gás natural vindo da Argentina. Com possibilidade de enviar energia para os dois países, a estrutura deve atender em especial à demanda brasileira, suprindo principalmente os períodos de seca, que prejudicam a produção das hidrelétricas espalhadas pelo território nacional.

Construída na década de 1990 e inaugurada em 2000, a usina de Uruguaiana foi a primeira termoelétrica a operar no Estado. Sob a administração da AES, interrompeu os trabalhos em 2009 por conta da quebra de contrato dos fornecedores de gás-natural, e reabriu em caráter emergencial em 2013, 2014 e 2015, por períodos temporários, de acordo com a frente parlamentar que defendeu sua reativação.

A unidade foi adquirida em setembro pela empresa argentina Saesa Solución Energética, que explora jazidas de gás. Fundada em 2006, a empresa é especialista em negócios envolvendo produtores de gás e energia, especialmente energia renovável, e consumidores.

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